Eva me chamaste

Fizeste das minhas costas o teu piano

Dos teus desenhos as minhas curvas

Da minha boca a tua maçã

Dos meus olhos o teu mar

Do meu mundo os teus braços


(...)

14 janeiro 2012

Jantar num tabuleiro em frente a lareira. Sozinha. A pensar que este sozinha foi escolha, convites para jantar não faltaram, mas nenhum deles me ia fazer sentir menos só. Por isso, apesar de jantar sozinha por opção, a solidão nunca é solidão por opção. O ter companhia, ou não, é que é.
Não se consegue prender o mar
nas mãos em concha
Nem o coração
de ninguém preso
Encontramos um oceano inteiro
Ao tropeçarmos num búzio
Que chamam vazio
Morto
Vivo na força do mar
Que se ouve eterno
Que mãos algumas conseguem conter
É preciso abrir as mãos
Para o coração bater livre
No peito certo
Para encostar a minha cabeça
Ao teu