Eva me chamaste

Fizeste das minhas costas o teu piano

Dos teus desenhos as minhas curvas

Da minha boca a tua maçã

Dos meus olhos o teu mar

Do meu mundo os teus braços


(...)

15 junho 2015

Li isto e fiquei-me na última frase. Alguém me costumava dizer que eu lhe andava sempre alojada na nuca, que nunca lhe saía da cabeça, que parecia feitiço... E eu agora pergunto-me quanto tempo é que demorará a minha cabeça a vagar esse espaço, esse sítio onde está o que temos sempre presente, por muito que estejamos ausentes com mil e uma distracções...
E intimidade não penso que seja dar atenção quando dez outros a estão a pedir, é com um olhar sentimo-nos ligados, haver uma sintonia, como toda a atenção não consegue ligar ou ter... É um tocar diferente, é uma extensão da pele que se sente e conhece por dentro, onde guardamos todos os essenciais que nunca se ausentam de nós. Mesmo que nos queiramos distrair.
eheheheh ... e hoje acordei com isto na cabeça... e pior, a cantarolar por baixo da língua durante a manhã toda... é o que dá andar a recordar coisas muito antigas durante o fim de semana, no meio de risos e brincadeiras na mesa redonda do jantar em família, cada vez mais reduzida, onde já não se ria há tanto tempo... 
Acho que hoje de manhã percebi que apesar de cansativo, ainda assim, o fim de semana foi bom.
Se calhar o que nos deixa verdadeiramente cansados é a tristeza, por isso... 
MAHNA MAHNA... tu ru ru tu... 
...e o que não se sabe vai-se inventando.

Bom Dia




Verdade. Uma pessoa pensa que quer alguém que a queira, que a cuide, que faça por a saber e conhecer - alguém que a veja realmente para que possa abrir os olhos, acordar. E quer para que possa sonhar que ainda lhe podem abrir os olhos, para não ver que já os tem abertos há muito tempo, que o difícil mesmo é fechá-los.
Tramado é perceber que queremos alguém que nos queira mas que o que precisamos é de querer alguém... E que isso é dificílimo.