Eva me chamaste
Fizeste das minhas costas o teu piano
Dos teus desenhos as minhas curvas
Da minha boca a tua maçã
Dos meus olhos o teu mar
Do meu mundo os teus braços
(...)
Fizeste das minhas costas o teu piano
Dos teus desenhos as minhas curvas
Da minha boca a tua maçã
Dos meus olhos o teu mar
Do meu mundo os teus braços
(...)
16 novembro 2014
"(...)
(Até que passem muitos anos
sairás de dia à rua
em busca de quem esperam que tu sejas –
e acharás que não o achar
é falha tua
E depois passarão anos
até que entendas:
Que te querem para o que não és, pelo que não tens
Que te querem mas não é a ti –
Querem o outro que acham que devias ser
E tu deixaste que te quisessem assim
e tu aceitaste que te quisessem mudado
como se alguém estar com alguém
fosse um favor e não uma oferta
E no que não mudaste,
no que não conseguiste,
ainda sentiste culpa)
Até que passem muitos anos
submetes-te ao teu captor: dás-lhe razão
Até que passem muitos anos
e a alma mude
e o corpo mude
Ou até que acordes um dia
do sono acordado, do rapto do ego,
e compreendas
a independência dos corpos
a independência das almas
E entendas
que a vida é um jardim de inverno
onde poucos te plantam algo
onde outros vêm colher, sem ter plantado,
e afinal ainda se queixam da escassez"
ainda sentiste culpa)
Até que passem muitos anos
submetes-te ao teu captor: dás-lhe razão
Até que passem muitos anos
e a alma mude
e o corpo mude
Ou até que acordes um dia
do sono acordado, do rapto do ego,
e compreendas
a independência dos corpos
a independência das almas
E entendas
que a vida é um jardim de inverno
onde poucos te plantam algo
onde outros vêm colher, sem ter plantado,
e afinal ainda se queixam da escassez"
Roubado do Menino
(a pilhagem continua, e continuará, enquanto escrever assim e a dizer o que também penso e sinto...)
(a pilhagem continua, e continuará, enquanto escrever assim e a dizer o que também penso e sinto...)
Bom Dia
Subscrever:
Mensagens (Atom)