Bom Dia
Eva me chamaste
Fizeste das minhas costas o teu piano
Dos teus desenhos as minhas curvas
Da minha boca a tua maçã
Dos meus olhos o teu mar
Do meu mundo os teus braços
(...)
Fizeste das minhas costas o teu piano
Dos teus desenhos as minhas curvas
Da minha boca a tua maçã
Dos meus olhos o teu mar
Do meu mundo os teus braços
(...)
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11 janeiro 2016
10 novembro 2015
Música de hoje de manhã a caminho daqui, música que vou repetir de noite, sem sol, com o volume alto e um cigarro no caminho. Adoro o tom da música, ainda que nem sempre tranquila, gosto da ideia doce de poder encostar a cabeça no fim do dia, e isso soa-me mais ou menos assim, hoje pelo menos.
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Música
05 outubro 2015
Ontem, num serão de boa conversa e cheio de músicas, surgiu esta, e de repente transportei-me para outra noite, outra sala, quase outra vida. Uma música que tocava no escuro, que não lembro, que não era esta, mas que este som me fez lembrar, pelo que diz, pelo tom quente em que é cantada, não sei. Alguma coisa trouxe à tona o calor dum abraço que não se dançou, mas que me enlaçou, que me ficou, tanto que ontem me veio à ideia... I got ideas (too), é o que é.
Hoje fui à procura e deixo-a aqui, adoro.
Boa Noite
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Música
21 setembro 2015
I know you've suffered,
But I don't want you to hide,
It's cold and loveless,
I won't let you be denied
Soothing,
I'll make you feel pure,
Trust me,
You can be sure
I want to reconcile the violence in your heart
I want to recognize your beauty is not just a mask,
I want to exorcise the demons from your past,
I want to satisfy the undisclosed desires in your heart
You trick your lovers,
That you're wicked and divine,
You may be a sinner,
But your innocence is mine
But I don't want you to hide,
It's cold and loveless,
I won't let you be denied
Soothing,
I'll make you feel pure,
Trust me,
You can be sure
I want to reconcile the violence in your heart
I want to recognize your beauty is not just a mask,
I want to exorcise the demons from your past,
I want to satisfy the undisclosed desires in your heart
You trick your lovers,
That you're wicked and divine,
You may be a sinner,
But your innocence is mine
(...)
Era a música que estava a tocar quando hoje de manhã cheguei ao trabalho. Fiquei a ouvir ainda um bocadinho, atenta na letra...
Gosto especialmente do "You may be a sinner, But your innocence is mine"
Gosto de ouvir as letras das músicas, sempre gostei, às vezes apaixono-me pelas letras primeiro, e desta gosto especialmente E hoje disse-me mais do que costuma, ou hoje quero mais alguém que me diga tudo isto do que noutros dias, que me reconcilie, que me cole os cacos despedaçados de mim, que me veja por dentro, que assuste os fantasmas que me habitam amando-me, que me descubra os desejos do coração, que me descubra, em quem possa confiar, que me faça sair dos refúgios em que me aninho. Que me faça ser eu de braços abertos - porque eu sou assim mas esqueci-me. Preciso de quem me esqueça a memória para voltar a lembrar-me de ser quem sou.
Bom Dia
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Música
15 setembro 2015
14 setembro 2015
Hoje de manhã, no caminho, a ouvir Ive Mendes e o seu, tão meu, "mistério" dei por um pedaço de lua no céu, meio perdido, um fiapo quase translúcido, uma lua quase pedaço de nuvem. A mesma lua que às vezes ilumina a noite inteira, que brilha como espelho forte e sólido, parecia apenas uma pequena nuvem prestes a dissipar-se e desaparecer. Mas não, é ainda lua, e isso prova-se, vê-se, logo à noite, quando o dia adormecer, já ninguém poderá confundi-la com uma nuvem frágil a dissipar-se. Será outra vez luminosa e os atentos ao luar levantarão os olhos para vê-la, inteira, mesmo que meia.
Bom Dia!
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Bom Dia,
Música
04 fevereiro 2015
...hoje no caminho foi isto. Lembrei-me do primeiro CD que me deram, esta era uma das primeiras músicas, a primeira era Wild is the wind pelo Bowie... enfim, memórias para arrumar nalgum lado... hoje está sol. Parece.
Viagem boa.
Óculos de sol. Principio de dia... e isto:
Óculos de sol. Principio de dia... e isto:
Everything is falling, dear
All rhyme and reason gone
It's just history repeating itself
And, babe, you turn me on
Like an idea
Like an Atom bomb
All rhyme and reason gone
It's just history repeating itself
And, babe, you turn me on
Like an idea
Like an Atom bomb
Boom!
...Bom Dia.
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Música
26 janeiro 2015
... quando esta música começa e estamos precisamente a entrar na via rápida, com o sol a bater de frente e a aquecer a vista por trás dos óculos de sol, algo em nós se alvoroça para se acabar num sorriso que nos faz crer que a música tem razão, ou queremos - e queremos tanto, tanto - acreditar que sim. Quase sem pensar, como resposta automática, carregamos no pedal, não por pressa de chegar, mas com pressa de sentir a pressa de alguma coisa, duma urgência que nos queima os lábios como um sorriso que já não sabíamos ter há tempos demais. Pedal a fundo, a velocidade na ponta dos pés, e logo um engraçadinho (não cheguei a ver se era...mas vamos crer que sim, que tem mais piada...) que se pica com a nossa urgência, também tem pressa de alguma coisa, ou não, sei lá... ultrapassou-me, e depois, eu já quase a duzentos à hora, passei-o de novo, pouco depois ele acabou por cortar na saída seguinte (ohhhh....)... e eu continuei até onde a estrada deixava, a velocidades tão pouco recomendadas... lembrei-me quando há dias me montei em 325 cavalos, deram-me essa oportunidade, sabem que adoro conduzir e que gosto da adrenalina da velocidade, fizeram-me o gosto e sei que tiveram gosto nisso. E aí, bom, aí devo dizer que se o meu carro demora um bocadinho a chegar aos 200, aquele chega lá só enquanto pensamos nisso... o que dá aquela sensação arrepiante das costas se colarem ao banco e o sorriso à pele que o sol hoje resolveu aquecer...
(nunca poderei ter um carro daqueles, matava-me num instante...o que me parece uma boa desculpa para não o comprar... o facto do preço ter dígitos a mais para mim, não tem nadinha a ver...eheheh)
... a música dura uns minutos, e a nós apetece-nos tanto acreditar que sim, que estes dias acabaram, enquanto o ritmo e a sonoridade ainda se passeia pelos ossos e nos mastiga a alma devagar nesse sabor doce, mas a música dura só uns minutos... e seja quanto for, nesses minutos esteve-se bem, houve uma espécie de felicidade que nos invadiu, e se se pode aproveitar mesmo que só uns minutos, e não prejudica ninguém, tem de se aproveitar até ao tutano, mesmo que acabe logo a seguir. Os momentos que não se aproveitam não existem, há que aproveitar o que nos faz sentir bem. Eu sempre fui assim, ainda que tenha tantos momentos sombrios, também esses os aproveito à minha maneira, tantas vezes também até ao tutano - é um problema de intensidades. Para os dois lados. E hoje, hoje o dia começou bem... mesmo que possa acabar mal, ou que amanhã comece pessimamente, não sei. Agora não me interessa, só me interessa agora o agora. Hoje o sol já me entrou nos ossos, mesmo que (só) por uns minutos.
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Música
11 janeiro 2015
(...)
And summoned now to dealWith your invincible defeat,
You live your life as if it’s real,
A Thousand Kisses Deep.
(...)
[De tanto gritar por dentro emudeci a voz pelo avesso; tal o barulho ensurdecedor dos ossos que estalam, da dor que cerra os dentes e não chora, do desespero que incha e não rebenta, que sinto tanto as costuras, que sinto-as mais que a mim, mais que tudo, e todo o alguém que me chega sem chegar perto. Sinto-as tanto, que as sinto à beira de não se sentir mais. De não me costurarem mais, de mais não me manterem junta, já que inteira há tanto que não sou. Há tanto tempo em queda no precipício, a olhá-lo nos olhos de olhos abertos, a vê-lo e ele a ver-me, que não sabemos mais o que fazer um com o outro. Um ao outro. Mas eu continuo a cair, e ele, qual dueto, a afundar-se mais. Como os beijos que trago dentro por abrir. Nenhum de nós acaba. ]
[De tanto gritar por dentro emudeci a voz pelo avesso; tal o barulho ensurdecedor dos ossos que estalam, da dor que cerra os dentes e não chora, do desespero que incha e não rebenta, que sinto tanto as costuras, que sinto-as mais que a mim, mais que tudo, e todo o alguém que me chega sem chegar perto. Sinto-as tanto, que as sinto à beira de não se sentir mais. De não me costurarem mais, de mais não me manterem junta, já que inteira há tanto que não sou. Há tanto tempo em queda no precipício, a olhá-lo nos olhos de olhos abertos, a vê-lo e ele a ver-me, que não sabemos mais o que fazer um com o outro. Um ao outro. Mas eu continuo a cair, e ele, qual dueto, a afundar-se mais. Como os beijos que trago dentro por abrir. Nenhum de nós acaba. ]
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E agora??;,
Música
30 dezembro 2014
[adoro esta música, talvez tenha sido esta música,
ou os últimos dias do ano, o que fica o que vai, não sei...]
ou os últimos dias do ano, o que fica o que vai, não sei...]
O caminho é o mesmo... faz-se todos os dias mas nenhum dia é o mesmo.
Hoje não sei porquê, talvez uma parte do caminho, as cores que se assemelharam, qualquer coisa, que não sei o quê, me levou para àquele dia. Fazia este mesmo caminho, cheia de medo e feliz. Tão feliz quanto o medo me deixava, me prendia nas garras que se sentem quando nos sentimos grandes e leves, mas não seguros. Era talvez medo da felicidade que sentia e não queria sentir, por medo. E disse-o - pela primeira vez assumi abertamente a alguém que estava com medo -, não um medo vago, medo de acreditar na pessoa, medo dele e de tudo aquilo: do que me dizia, da certeza que aparentava, do discurso todo diferente, mas seria diferente?...e nem sei o que sinto quando percebo o que fizeram com isso, como pegaram nesse medo, o multiplicaram, o enraizaram em mim, o semearam para sempre (será para sempre ou parece só que é para sempre??), medo das pessoas, de acreditar, de me entregar às pessoas, ao Amor, à esperança na felicidade. Mataram-me o medo, substituíram-no pela certeza de não esperar, não acreditar, de ver mentira onde se devia confiar no sentir, no querer, no abraço que me deram, no meio do nada, dum sítio perto de coisa nenhuma, mas perto um do outro. Onde me disse que se sentiu em casa quando me abraçou, o abraço como um lar que acolhe com doçura, onde disse que teve a certeza, onde concluiu dizendo que não conseguia estar sem mim, que tinha saudades, que queria ficar comigo... onde me perguntou se eu tinha saudades e se o queria, e brincámos por eu não querer responder, porque fiquei tantas vezes sem resposta a tanta coisa que também ele teria de saber o que era trocar uma pergunta, o querer saber, por silêncio. Por incerteza, por insegurança, por medo de não saber do outro. E falámos de férias e de viver junto, de ele querer um futuro, porque sem mim não conseguia. Sem mim nada fazia sentido. E hoje o caminho fez-se, sem sentido, na confusão de sentidos e sentimentos sentidos que não se desembrulha de mim, dos dias que passam, do caminho igual todos os dias, da música que se percebe que se ouve no meio de tudo isto, de todas as imagens e sons que hoje o caminho me trouxe, tendo-me deixado no meio do nada com os carros parados, há meses atrás, num abraço que foi uma casa que alguém quis muito para abandonar. No meio do nada, com nada.
Chego ao destino e penso no destino de me teres esquecido e de eu por momentos me ter esquecido de te esquecer. Por momentos. Amanhã o caminho será o mesmo, mas será diferente. Não o teu destino, mas o meu.
Chego ao destino e penso no destino de me teres esquecido e de eu por momentos me ter esquecido de te esquecer. Por momentos. Amanhã o caminho será o mesmo, mas será diferente. Não o teu destino, mas o meu.
Bom Dia
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Bom Dia,
Música
25 novembro 2014
Só por existir
Só por duvidar
Tenho duas almas em guerra
E sei que nenhuma vai ganhar
Só por ter dois sóis
Só por hesitar
Fiz a cama na encruzilhada
E chamei casa a esse lugar
E anda sempre alguém por lá
Junto à tempestade
Onde os pés não têm chão
E as mãos perdem a razão
Só por inventar
Só por destruir
Tenho as chaves do céu e do inferno
E deixo o tempo decidir
E anda sempre alguém por lá
Junto à tempestade
Onde os pés não têm chão
E as mãos perdem a razão
Só por existir
Só por duvidar
Tenho duas almas em guerra
E sei que nenhuma vai ganhar
Eu sei que nenhuma vai ganhar
[Entrei no carro quase a acabar uma música. Por instinto, para me calar os pensamentos, para me afogar os olhos de claridade, para a poesia me aquecer a alma e fazer nascer o dia em mim, aumentei o volume. Apareceu-me esta música. Esta que não é nada minha a não ser quando atravesso a ponte para a outra margem de mim, onde encontro outros sapatos que tantas vezes calcei para lhes sentir a forma, as partes gastas, onde doía e onde serviam, onde aquecia e onde a água entrava quando chovia, para tentar perceber como às vezes chovia lá dentro quando chovia pouco, e chovia o mesmo quando choviam tempestades. Habituei-me a fazer essa travessia como quem visita outro lado duma casa minha, em que moro sem habitar todas as divisões, portas que abro para ser visita da casa, para perceber o todo, para perceber o nós. Talvez como uma parte de mim por empréstimo, por afinidade, mas que nunca fui eu, e que nunca foi meu. Lugar que conheço bem, acho que sim, mas que não me habita.
Há uma música para tudo, para cada situação, para cada estado de espírito, para cada falha da alma, e cada fala da alma, e esta faz-me sentido há tanto tempo... alguém fazer a cama na encruzilhada e fazer casa desse lugar, no meio de nada e na encruzilhada de tudo, deixar o tempo decidir que não decide. O tempo nunca decide nada é a sua única decisão, só nós decidimos, algures no tempo, depois dizemos que o tempo decidiu, porque as mãos perderam a razão e o chão perdeu-nos os pés. E almas em guerra não dão paz a ninguém. E esta música não me dá paz, mas não me faz guerra. Entendo-a. Entendo-te. Mas há olhares que me dão paz que não entendo.
(E sim ainda ando a ouvir Jorge Palma. Por enquanto.) ]
Bom Dia
Há uma música para tudo, para cada situação, para cada estado de espírito, para cada falha da alma, e cada fala da alma, e esta faz-me sentido há tanto tempo... alguém fazer a cama na encruzilhada e fazer casa desse lugar, no meio de nada e na encruzilhada de tudo, deixar o tempo decidir que não decide. O tempo nunca decide nada é a sua única decisão, só nós decidimos, algures no tempo, depois dizemos que o tempo decidiu, porque as mãos perderam a razão e o chão perdeu-nos os pés. E almas em guerra não dão paz a ninguém. E esta música não me dá paz, mas não me faz guerra. Entendo-a. Entendo-te. Mas há olhares que me dão paz que não entendo.
(E sim ainda ando a ouvir Jorge Palma. Por enquanto.) ]
Bom Dia
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13 novembro 2014
(...)
É que enquanto o criminoso tem uma certa tendência natural p´ra ser vitimado
Jeremias nunca encontrou razões p´ra se culpar
(...)
Como um poeta ele desarranja o pesadelo p´ra lá dos limites legais
Foragido por amor ao que é belo e por vocação
(...)
Gosta de tesouros e mapas sobretudo daqueles que o tempo mais mal tratou
Gosta de brincar com o destino e nem o próprio inferno o apavora
Não estando disposto a esperar que a humanidade venha alguma vez a ser melhor
Jeremias escolheu o seu lugar do lado de fora
Jorge Palma
[Ando há dias, muitos dias, a ouvir Jorge Palma. Assento arraiais logo de manhã na poesia deste homem, que gosto, de quem aprecio a loucura meia mágica, e talvez esta noção "do lado de fora" - do inferno que não teme e, por isso, do destino que desafia dia a dia, de peito aberto munido apenas do amor ao que é belo, sem culpas por lhe faltarem ambições. Tem leis próprias e a consciência que o mundo é um mundo para viver do lado de fora, e às vezes - tantas - esse é o lado certo, assumido, sofrido, mas tornado poesia. Sempre o belo: a poesia, a música a magia de certa loucura. A beleza para quem tem coragem de a ver e a perseguir: para quem tem coragem, ou vários copos atestados de litros de ilusão que a noção da realidade já não nos deixa ter...
...beleza... será a beleza apenas ilusão?, será a ilusão bela?, ou toda a beleza apenas uma ilusão que pode ser até eterna em tanta coisa? e uma ilusão eterna não é uma realidade?... o amor será dessas?... eu e as perguntas... adiante...
Tenho ouvido este senhor, e gosto deste personagem fora da lei, sorrio com ele quando olho o mundo, sorrio quando os semáforos todos, numa brincadeira de criança me fazem parar e assim dizer-me que não te falto, que não te lembras, que não te estou... e rio-me, rio-me da parvoíce destas perguntas, destes jogos de criança que já não devia ser. rio-me dos semáforos sempre tão corados para mim, rio-me deles, rio-me de mim, rio-me de ti e rio-me de cada vez mais querer não querer saber. Não querer saber se me queres, se te quero, se há sequer querer aqui. Não querer saber nada. Não querer saber de nada, mas de ainda fazer perguntas parvas a semáforos demasiado corados e tímidos com a vida... ou então é só comigo. ]
Bom Dia
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Bom Dia,
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07 outubro 2014
... e hoje lembrei-me desta música, melhor, desta letra a meio duma conversa...
adoro, tão doce, tão lindaaa...
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21 julho 2014
Não fui ver. Por um lado tive pena, por outro não tive nenhuma.
Tive pena porque gosto, não tive porque é uma banda especial para mim, não digo das minhas bandas preferidas porque há já demasiadas pessoas a dizê-lo, e porque não sei se será das minhas preferidas, não tenho muito dessas coisas eleitas "preferidas", tenho coisas que gosto, outras que gosto muito e outras que me tocam duma forma funda e me fazem de alguma maneira identificar de tal forma que passam a ser um bocadinho de mim. Como a música dos Portishead a partir do momento que alguém me disse - e que tanto me surpreendeu -, que eu era do género da música deles, que era a minha cara, que era o meu ritmo. E eu fui à procura, porque não conhecia, mas era verdade, e eu sorri com isso - com esse intuir-me, esse ver-me, esse saber-me antes de me conhecer -, como com tantas outras pequenas coisas, que me tocam e se tornam especiais por me tocarem, ou tocam-me porque são especiais, não sei nem me interessa... eu troco um bocado as coisas. E ontem percebi que realmente ainda bem que não fui, porque há coisas especiais que sabem a pouco, e sempre um pouco amargas, quando não são feitas como deveriam, com quem se deveriam, ou serão sempre metades amputadas de qualquer coisa, qualquer coisa de fundamental que lhes tira tanto do sentido, e do serem especiais, tornam-se banais e estragam-se. Há espectáculos que só são um espectáculo quando a companhia nos faz gozar o espectáculo em pleno, e a companhia que era para ir comigo (antes da sua agenda impenetrável o tornar impossível) por muito boa que seja, que é, e que eu adoro, ia-me deixar na mais profunda solidão quando me lembrasse daquela noite em que no chão, em frente a um prato com um mil folhas partilhado e dois copos de vinho, tentei comemorar uma coisa boa, mesmo que dessa maneira pobre, e no chão, e à luz de velas (que não são lamparinas nem coelhinhos atrevidos) e senti uma mão agarrar-me pela cintura num abraço sentado que se dançou à música dos Portishead, peito com peito, cara com cara, respiração com respiração, num abraço quente e apertado e dos mais ricos que me lembro. Para mim foi uma noite boa, feliz, não haveria maneira melhor de comemorar, que mais me tocasse do que aquela, vinda do nada e sem programação, na mais espontânea e verdadeira vontade de estar, de partilhar, de comemorar. E era esta a banda sonora. Esta que é a minha cara, e tem o meu ritmo, e que alguém foi ouvir ao lado de quem escolheu. Que não fui eu. Felizes dos que foram com quem escolheram. Se eu fosse não ficaria feliz, mas amputada. Não iria com a minha escolha para esta banda. Ainda bem que não fui.
[e esta música é das poucas deles que consigo identificar de facto, o resto só identifico o ritmo, a languidez, a sensação quente, a lassidão que se arrasta sem pressa mas com alguma pressão, e não foi esta que foi dançada sentados no chão, disso lembro-me. Tenho pena de não me lembrar qual a música ou as músicas -penso que foram musicas, mas não sei -, estava demasiado abraçada para me lembrar da música que nos acompanhava, mais do que nós acompanhávamos a música, ou assim me pareceu... eu troco um bocado as coisas, é o que é... para compensar a minha falta de jeito em trocar de pessoas, deve ser isso...]
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Música
10 abril 2014
Well I know I make you cry
And I know sometimes you wanna die
But do you really feel alive without me?
If so, be free
If not, leave him for me
Before one of us has accidental babies
For we are in love
Do you come
Together ever with him?
And is he dark enough?
Enough to see your light?
And do you brush your teeth before you kiss?
Do you miss my smell?
And is he bold enough to take you on?
Do you feel like you belong?
And does he drive you wild?
Or just mildly free?
What about me?
And I know sometimes you wanna die
But do you really feel alive without me?
If so, be free
If not, leave him for me
Before one of us has accidental babies
For we are in love
Do you come
Together ever with him?
And is he dark enough?
Enough to see your light?
And do you brush your teeth before you kiss?
Do you miss my smell?
And is he bold enough to take you on?
Do you feel like you belong?
And does he drive you wild?
Or just mildly free?
What about me?
What about me?"
[..noite de músicas...]
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05 abril 2014
...
vem meu amor, vem para mim
me abraça devagar
me beija
e me faz esquecer
...
bem que se quis
depois de tudo ainda ser feliz
...
[adoro]
Boa Noite
vem meu amor, vem para mim
me abraça devagar
me beija
e me faz esquecer
...
bem que se quis
depois de tudo ainda ser feliz
...
[adoro]
Boa Noite
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09 fevereiro 2014
Sabedoria de filme de Domingo (muito) chuvoso à tarde:
"nunca saberás o que é o amor se não te renderes completamente a ele."
...e esta da banda sonora ficou-me no ouvido...
mais esta (a última do filme):
mais esta (a última do filme):
...can't...
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23 novembro 2013
Adorooooo...
You're always on my mind like ghost
can´t forget you anymore...
anymore anymore
Miss you all the time...
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19 outubro 2013
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