Eva me chamaste

Fizeste das minhas costas o teu piano

Dos teus desenhos as minhas curvas

Da minha boca a tua maçã

Dos meus olhos o teu mar

Do meu mundo os teus braços


(...)

30 junho 2012

Fazer o que se tem a fazer de phones nos ouvidos traz como bónus uns sorrisos...




Em modo aleatório há as combinações mais giras, e mais estranhas às vezes... e músicas que  mexem sempre comigo ...

29 junho 2012

E para entrar no espírito,
 vim a ouvir (aos berros) este Senhor no caminho para o trabalho,
e esta em particular, pus a repetir...
Gosto disto.
O amor é (um) estúpido!

28 junho 2012

ehehheeh...
tem piada...os nomes mais giros são assim mesmo parvos.. alguns
Era isto.
Era disto que eu precisava agora ao final da tarde.
Com o tempo devemos deixar de precisar e querer estas coisas, espero eu.
Com o tempo, chega o passado que esquece.
E depois de estar à distância de um abraço, de um braço que nos toca,
a falta e a vontade dos beijos, é muito, muito pior. 
Custa mais a distância depois de estar perto. 
Depois de estar perto e não apetecer ir embora, 
depois de estar perto 
e perceber que o outro afinal quer estar longe, 
e talvez seja melhor, ou mais fácil...
Ando aqui a deambular pelo passado que não quer ser, no meio de coisas antigas, fotografias, mails, conversas, coisas que fazem rir com vontade de chorar. Não sei já a dimensão do espólio, sei que posso ver coisas de há uns meses ou de há mais de um ano, e que está lá tudo, de bom e de mau. O bom, o que eu vejo de bom, permanece enquanto testemunho de que o tempo não passa, não passava por nós, não passou. O mau também continua, cada vez mais mau, suponho, por que aí sente-se o peso do tempo que não leva a neblina e a escurece cada vez mais, torna-a cada vez mais pesada. Vejo músicas, frases, sussurros, coisas ditas, paixão que arde ainda quando se lê, e quando depois se acorda, se fecha tudo e se percebe que só arde dum lado, o outro sempre foram cinzas doutros fogos. E que eu, deste lado, cinza me torno e me desfaço.

Já acreditei em pessoas sem razão nenhuma, cega pela luz que se sente e pressente.
O que sentia-me vendava-me a razão.
Agora só atitudes me podem dar razão para acreditar.

27 junho 2012


Sou mesmo estúpida, anormalmente burra, só agora percebi, no Domingo não foste atrás de mim, não foste ver se eu estava onde tínhamos estado  a tomar um ameno café há 15 dias atrás. Não foi por isso que lá passaste, foi para controlar outras coisas. Eu não tive nada a ver com isso. Nada, nunca nada. E sim, dá-me raiva ser tão estúpida, fico com raiva, mas nunca dura muito e nunca resta rancor. Pinga dele, nada. 
Não tenho essa capacidade, vejo-o à minha frente e esvai-se tudo. Menos a estupidez e um mundo que não existe.
Raios me partam!!!
Hoje de manhã acordei a minha pequenina, como sempre, com um beijo e umas festinhas na cabeça, a dizer-lhe que tinha o pequeno almoço arranjado. Ela abre os olhitos e diz: leva-me ao colinho mamã...ao que eu respondo que já é muito grande para colinho, que eu já não aguento... e ela, sacaninha: oh mamã mas eu gosto tanto do teu miminho... é tão bom... eu quero!!! Vá láááá
E pronto lá fui eu a alombar com o meu bebé grande até à cozinha e a receber beijinhos doces o caminho todo, e a dar de troca, também... e assim se começa bem um dia!! Com beijinhos e mimo...
Talvez por isso, por ter ficado bem disposta tenha vindo o caminho todo bem depressinha, cvom vontade de deixar tudo o que não vale a pena para trás, tudo o que não me trata bem debaixo do acelerador,  de janelas abertas, tanto, que sequei o cabelo na viagem, cheguei ao escritório com cabelo meio selvagem, apesar da meia penteadela no carro, e cheguei, de certeza, bem arejada!!
Ahhhh e vim a ouvir Muse - Resistance o caminho todo - principalmente esta ouvida em repeat:


(e pus-me a pensar... quem será que vai descobrir os meus desejos outra vez??, ou se voltarei a ter o mesmo desejo a assolar-me a alma sempre, e a toda a hora, que uma presença me inunda de tal forma que só encontro descanso nesse corpo...pus-me a pensar... será? não acredito, mas a vida surpreende muitas vezes, pode ser que algumas, surpreenda pela positiva...)

Bom dia!!... hoje apetece-me dizer com muito vontade e prazer: Que sa foda, tudo!!! Não quero saber!!
Ahhhh e a música e o vento no trombil também são coisas bonitas da vida!!!

26 junho 2012

"Extraí daí esta grande máxima de moral, talvez a única de utilidade prática, que é a de evitar as situações que põem os nossos deveres em oposição com os nossos interesses, e nos revelam o nosso bem no mal dos outros, convencido de que, em tais situações, mesmo que a elas tragamos um sincero amor da virtude, fraquejamos mais cedo ou mais tarde sem dar por isso, e tornamo-nos injustos e maus nas acções sem deixarmos de ser bons e justos na alma."


Jean-Jacques Rousseau, Confissões


Lido AQUI
Para aliviar o negrume do espírito... e para tentar não amargar de vez!!

25 junho 2012

Eh pá, estragaram-me os planos... vi agora a melhor do dia, que pronto até me cai mal dada a altura, mas já se sabe que sou uma gaja sem sorte..."Com a crise instalada e a esperada evolução, estima-se que a curto prazo a miséria chegue ao ponto das pessoas começarem a casar por Amor"... ao que isto chegou!! Francamente!! E logo agora, que já tinha um plano catita de arranjar um gajo com mais uns bons anos que eu, e com mais uns valentes dígitos na conta bancária, em crise meia idade ou de idade completa, tanto faz, assim meio banana, manipulável, e com falta de tomates... a não ser para aquilo... vocês sabem... e aquilo quando eu quisesse, que isto de excesso de oferta diminui o valor do produto... há que manter a escassez na medida certa para manter o interesse... 
Agora que eu estava já mentalizada para me munir de paciência de chinês e estratégia de Maquiavel, porque burra não sou e com prática chegava lá, bastava querer... vêm-me com esta!! Não há direito!!! Não me digam que afinal vou ter de continuar a viver a vida à medida das minhas possibilidades, e com o que eu trabalho!! Não há maneira de me sustentarem o cabeleireiro, a manicure, as roupinhas de marcas menos do povo do que aquelas de que sou cliente, as massagens, os Spas, as viagens, eu sei lá!!
Lá vou eu ter que refazer planos!! 
É por estas e por outras que não gosto de planos estratégias e afins!!! bahhhh
(eu estou-me a esforçar, juro, um esforço hercúleo, porque hoje só me apetece correr tudo o que é gajo à chapada, estou cá com umas ganas... mas pode ser que passe durante a tarde, pode ser, vamos tentar, vamos ver...)

24 junho 2012

"Vou lá passar. Se ela lá estiver vou ter com ela saio do carro agarro-me a ela, digo-lhe o que nunca lhe disse, e nunca mais a largo." O que me vale é ainda me rir da minha própria estupidez. Esta nunca verei em nenhum pacote de açúcar. É demasiado amarga.

22 junho 2012

Apetecia-me ir ao cinema e não ver o filme...
mas só tenho hipótese  de ver um filme e não ir ao cinema...

19 junho 2012


O caminho de manhã faz-se agora com porquês, com comos? com como é que é possível???!! Vêm substituir os adoro-te, os amo-te, que trancava dentro da boca horas depois de teres a tua boca na minha, o meu corpo aninhado nos teus braços, o meu mundo no teu colo, que me roubavam pensamentos, surgiam-me por dentro como agora me surge tanta incredulidade, tanto desnorte, tanta incompreensão. Às vezes chego a pensar que estou doida, que não podes ser assim, que eu nunca amaria alguém tão pérfido, nunca adoraria uma alma tão cruel, e tão desumana, depois penso que doida estou agora por duvidar, que a realidade está à frente dos olhos a queimar-me a vista e o horizonte, que as pessoas são o que são, que não se conhece nunca ninguém, passem os anos que passem, as pessoas são muitas vezes indiferentes aos meios para atingir os seus fins. Ainda assim pergunto-me porque dedilhar a minha alma como fizeste tanto tempo?, porquê enganar-me? porquê? Porquê dizer tanta coisa que não perguntei? Porquê dizer que me adoravas, até que me amavas, falar de tanta coisa que não esperava ouvir, mas que saiu da tua boca sem pedido, sem perguntas, saíram livremente, e eu, tonta, achava que as coisas quando saem livremente são verdade porque não têm uma razão de existir, não são provocadas, são só o libertar daquilo que apertamos tantas vezes por dentro. Estou enganada, devo estar, vi tudo mal, entendi tudo ao contrário, era só uma maneira de alimentar uma coisa que não querias assumir mas também não querias perder. É uma versão do chamado banho-maria, e eu detesto isso. Talvez o erro seja meu, normalmente é, estava demasiado desperta para ouvir tudo o que gostava de ouvir da tua boca e que tantas vezes me surpreendeu, e deixei por ouvir o que dizias no silêncio de tantas respostas, ou apenas no silêncio sem qualquer pergunta, sem nada, como agora.