Eva me chamaste

Fizeste das minhas costas o teu piano

Dos teus desenhos as minhas curvas

Da minha boca a tua maçã

Dos meus olhos o teu mar

Do meu mundo os teus braços


(...)

12 agosto 2011

" «Ou tens alguma esperança de êxito junto de Carlota ou não tens. Bem! No primeiro caso procura realizar essa esperança e obter a realização dos teus desejos; no segundo, robustece a tua coragem e livra-te de uma desgraçada paixão que acabará por consumir as tuas forças.» Meu amigo, isso é bem dito... é fácil de dizer!
E esse desgraçado, cuja vida se apaga minada por uma lenta e incurável doença, podes tu exigir dele que ponha fim aos seus tormentos com uma punhalada?, e o mal que lhe devora as forças não lhe tirará ao mesmo tempo a força de se libertar dela? "

Goethe, Werther
Não importa a época, o ser humano é igual e intemporal. Eu já pensei isto, e já no século XVIII o pensaram e o escreveram.
A humanidade persiste no sentir, no viver que toca o que de mais fundamental temos, aí somos todos iguais. Quando sentimos somos todos muito iguais, quem assim não for, não sente.
"Que figura de parvo eu tenho na sociedade quando me falam nela! Se tu visses quando me perguntam com gravidade se eu gosto dela! Gostar! Odeio esta palavra até à morte. Que homem será aquele de quem Carlota gostar, ao qual não encha ela todos os sentidos e todo o ser. Gostar! Ultimamente alguém me perguntou se eu gostava de Ossian!..."
          Goethe, Werther

Percebo perfeitamente, mas comigo é simpatizar.