Eva me chamaste

Fizeste das minhas costas o teu piano

Dos teus desenhos as minhas curvas

Da minha boca a tua maçã

Dos meus olhos o teu mar

Do meu mundo os teus braços


(...)

22 janeiro 2015


"Nunca tive um sítio a que chamasse casa, talvez por isso chamasse casa a tantos.
(...)
Só percebi mais tarde que casa é um lugar que se faz com as mãos. Que só chamas casa ao que abre os braços para te receber. Que só chamas casa ao que te faz sentir em casa do outro lado do mundo. Que casa é um lugar no peito de alguém. Que estar em casa é deitar a cabeça no teu colo. Tu a tua no meu. Que essa é a verdadeira casa. Que tudo o resto interessa pouco. Que a geografia, essa, não interessa nada."

Roubado ao Menino

[... casa. o que é aquilo a que chamamos casa? casa é onde estamos bem, onde somos nós sem medo de sermos o que somos, onde nos sentimos protegidos, onde nos refugiamos e de que não nos escondemos, é o sítio para onde fugimos e de que nunca escapamos. Não é onde precisam de nós, mas onde não sendo precisos, somos queridos, somos parte, nos sentimos parte e, ao mesmo tempo, todo.
Casa é uma noção independente de coordenadas geográficas.
Não é onde temos um lugar para nós - é onde nós somos o lugar, e o lugar somos nós. Sozinhos ou em partilha sem distinção de partes.
Sentimo-nos casa em casa. E casa não é um sítio com geografia, é o sítio onde sentimos poder aninhar a alma sem solidão.
...às vezes casa é uma pessoa que, em qualquer sítio, nos faz chegar a nós e não nos faltarmos.
e sentirmos que não nos falta...]

(Foto de Sophia Hsin)

Agora é o que eu preciso. 
O café arranjo não tarda muito.
O resto o tempo dirá, agora tenho mesmo é de ir ao banho e trincar qualquer coisa 
(depois do banho, entenda-se... se bem que não era mal pensado, não... Eheheh)

Bom Dia!

Mulher feita (ou quase) a assustar os medos. Alguns.
Fazendo o caminho certo hei-de chegar aonde chamamos casa. É fazê-lo. Sozinha.
Estrada deserta. Música. Sem sono. Ainda.