Eva me chamaste

Fizeste das minhas costas o teu piano

Dos teus desenhos as minhas curvas

Da minha boca a tua maçã

Dos meus olhos o teu mar

Do meu mundo os teus braços


(...)

31 dezembro 2013

...e vamos virar o tempo de pernas para o ar. 
O fim de um ano é o começo de outro. 
Um fim será sempre um começo, um não é sempre dizer um sim ao seu contrário. 
Dizem que amanhã temos um ano novo, e que por mudar o ano, as coisas mudam, como se virar o ano, ou uma esquina, nos mudasse a direcção, a vida, o querer, o que somos. Dizem que o ano é novo, é diferente, mas eu vejo tudo igual; a vida não vira porque o ano virou, a vida vira quando tem de virar, e nós temos de virar com ela, só isso. Se não quisermos virar quando ela já mudou, então podem passar os anos, e o tempo que se se quiser, que nada mudará, a não ser termos perdido mais e mais tempo, ou anos, sejam eles novinhos em folha ou gastos prontos a descartar. 
O ano amanhã será tão novo como hoje, se não fizeres do amanhã um dia diferente de hoje. 
Mudar um algarismo não traz nada de novo ou diferente: é só estar a contar, e ou se conta com vontade de chegar a algum lado, alguma meta, algum objectivo, ou andamos só a contar carneirinhos para adormecer... 

...pois...
Bom Dia