Eva me chamaste

Fizeste das minhas costas o teu piano

Dos teus desenhos as minhas curvas

Da minha boca a tua maçã

Dos meus olhos o teu mar

Do meu mundo os teus braços


(...)

24 dezembro 2014

Fumar um cigarro à janela, a ver as antigas árvores novamente despidas. Despedem-se todos os anos das folhas que deixam de ser novas, e que todos os anos nascem novas embora diferentes, e sempre na mesma as perdem. E eu aqui, a fumar outro cigarro como há muitos anos atrás, na mesma janela mas com um copo de vinho a acompanhar o cigarro de refúgio na solidão apetecida. Acaba-se o cigarro com as árvores um pouco mais despidas e o copo um pouco mais vazio. Tudo o resto na mesma. Ou quase.

... Coisa mais doce...
Queria isto assim, um dia. Esta doçura cheia de ternura.

... Haja um bocadinho de sol para se tomar um café no meio das sombras.
Sombras onde me refugio das minhas.
Bom Natal a todos. 
Que o partilhem com quem gostam e querem, com saúde e boas gargalhadas.
Que aproveitem tudo à que têm direito.
E pronto, o meu espírito natalício não dá para mais que isto. Estou falida de palavras e sentimentos bons, espero que aqueles a que eu teria direito, e não chegaram cá, ou eu os perdi, ou pronto, desapareceram-me, tenham ido para alguém que os mereça e os aproveite.

Bom dia, Feliz Natal.