Eva me chamaste
Fizeste das minhas costas o teu piano
Dos teus desenhos as minhas curvas
Da minha boca a tua maçã
Dos meus olhos o teu mar
Do meu mundo os teus braços
(...)
Fizeste das minhas costas o teu piano
Dos teus desenhos as minhas curvas
Da minha boca a tua maçã
Dos meus olhos o teu mar
Do meu mundo os teus braços
(...)
05 julho 2014
E aqui ao meu lado resolvem-se problemas de matemática. Eu olho, e ponho-me a pensar que estou com inveja, inveja ou o que queiram chamar, talvez saudade de saber resolver, de haver respostas lógicas e lúcidas num mundo onde as regras são provadas e demonstradas, onde as dúvidas e problemas se resolvem por a+b, e que a resposta é resposta e conclusão. Estou aqui e tenho saudades de mim, da altura em que me sabia e me concluía em respostas que eram eu. Não me duvidava, entendia que me sabia. E era bom. A matemática é um mundo em que me sinto segura, porque mesmo quando não a sei, sei que há resposta certa, é só estudar e chegar lá. A vida não é segura e precisa de respostas, mas como saber a resposta certa, como reconhecer a resposta certa, se não há regras nem lógica? Sinto-me perdida hoje e desconsolada, carente, a precisar de mimo e duma regra qualquer que seja amar-me, sentir-me desejada daquela forma completa de corpo e alma, onde os olhares mergulham na alma do outro e nos encontramos lá, perfeitos nesse mundo a dois, dos dois; onde a pele se encontra, se toca sem medo, e se reconhece e se sente feliz. Sinto-me assim, com saudades do mundo fazer sentido, não deixando de ser sentido. Apetece-me estudar matemática.
"no teu abraço calcula-se o limite do perigo,
definiste em mim o imediato, se é mais lento do que agora já demora demais, ouviste?,
acordei com uma tristeza distante hoje, falta-me sempre qualquer coisa enquanto não vens,
preciso dos teus olhos abertos para a coragem de abrir os meus,
perguntas-me o que tenho,
tudo,
mas há qualquer coisa estranha em mim, a esperança de repente tão longe,
de quantas cores somos feitos afinal?"
Pedro Chagas Freitas
Daqui.
[...o limite do perigo e o tempo sem limite -o abraço-, como uma espécie de eternidade a prestações que se teima em prestar congelada em instantes, como uma felicidade a conta gotas por tanto se contrariar.
O limite é sempre o medo que encarna a alma.
O verdadeiro perigo é contrariar o resultado do tempo, é não querer ver, é amordaçar a felicidade, de cada vez e de todas as vezes, sem limites.
[...o limite do perigo e o tempo sem limite -o abraço-, como uma espécie de eternidade a prestações que se teima em prestar congelada em instantes, como uma felicidade a conta gotas por tanto se contrariar.
O limite é sempre o medo que encarna a alma.
O verdadeiro perigo é contrariar o resultado do tempo, é não querer ver, é amordaçar a felicidade, de cada vez e de todas as vezes, sem limites.
...À espera que o Amor se silencie.]
Boa Noite
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