Eva me chamaste

Fizeste das minhas costas o teu piano

Dos teus desenhos as minhas curvas

Da minha boca a tua maçã

Dos meus olhos o teu mar

Do meu mundo os teus braços


(...)

02 dezembro 2015

ahahahahha...
Já sabes, tudo passa, então aproveita e passa lá em casa (com tudo), mas não te passes, sim??
ahahahh
...juro que não ia pôr nada disto, mas cruzei-me com esta pérola e ri-me,
encantou-me digamos - como dizia a minha pequenitates no outro dia quando viu um mocinho fazer "um cavalinho" numa mota tipo aspirador mas com menos velocidades: "mamã... olha!!!.... ele fez aquilo para te encantar!...." ahahah o que eu me ri também, balha-me-deus!!, mas pronto só para dizer que me encantou, fez-me rir, e que os dias andam corridos e cheios e bons, até. 
Finalmente há coisas que começo a ver mexer e a saírem-me das mãos, ou pelo menos a ver-se a possibilidade de haver resultados, coisas boas que me saíram da cabeça e do esforço de as querer - aqui sim, lutar por elas - coisas que se fazem, que se argumentam, que se trabalham, de que convencemos os outros e os trazemos para o nosso lado (às vezes porque temos mau feitio; curiosamente há quem goste disso, há quem veja nisso autenticidade, espontaneidade e uma cabeça por onde se pensa, onde não se diz sempre "sim senhor" e o considerem uma qualidade). E tem sido bom. Às vezes cruzamo-nos com pessoas que também têm ideias e ideais e querem as coisas feitas e contribuir para isso (e até têm mau feitio também, dão murros na mesa e quando é preciso chamam os bois pelos nomes). Às vezes cruzamo-nos com boas pessoas (ou que até ver assim parecem). E isso é bom, é uma esperança, em tanta coisa, mas talvez essencialmente na humanidade e na recompensa do esforço. 

Bom Dia.



"Cada um luta com as armas que tem", oiço às vezes, e eu não tenho nenhumas, ou se tenho não sei quais são nem como usá-las, não sei lutar para que me queiram. Acho que ninguém teve de lutar para que eu o quisesse, para que eu quisesse fazer tudo para poder ficar com quem queria. Simplesmente acontece. Ninguém lutou, ninguém precisou fazer nada, só existir, só ser o meu colo e o meu riso, só ser e deixar-me ser. Como sou. É isso que muda tudo, esse estar sendo, essa sensação de ser estando, de tal forma que deixa de se conseguir conceber a vida sem esse alguém, porque esse alguém é permitirmo-nos ser. Ninguém lutou por isso, não usaram armas nenhumas para isso, porque é que eu teria de usar, teria de lutar? Nem sei como ou o que fazer... nunca soube lutar por quem quis, só sei lutar por um nós que seja feito de dois, por dois, de duas vontades de estar, de um sentimento que une. Sei dar tudo por quem gosto, talvez essa seja a minha forma torpe de lutar. Talvez amar seja uma forma de luta, mas nunca uma arma.

Boa noite