Eva me chamaste

Fizeste das minhas costas o teu piano

Dos teus desenhos as minhas curvas

Da minha boca a tua maçã

Dos meus olhos o teu mar

Do meu mundo os teus braços


(...)

12 setembro 2012


Hoje deitei-me ao lado da minha solidão.
O seu corpo perfeito, linha a linha
derramava-se no meu, e eu sentia
nele o pulsar do meu próprio coração.

Moreno, era a forma das pedras e das luas.
Dentro de mim alguma coisa ardia:
o mistério das palavras maduras
ou a brancura de um amor que nos prendia.

Hoje deitei-me ao lado da minha solidão
e longamente bebi os horizontes.
E longamente fiquei até ouvir
o meu sangue jorrar na voz das fontes.


Eugénio de  Andrade

Boa noite.
...normalmente aqueles que queremos que nos estraguem o baton só fazem esborratar o rímel. 
Os que não nos fazem esborratar nada, não nos fazem querer desperdiçar baton...
Está tudo ao contrário!!!!

Parece-me uma boa ideia!!!
ehehhhe


É verdade...
mas é mentira, ninguém se lembra...
bahhhh

Bom Dia!!!
Com o sono que tenho não sei se irá ser muito bom dia... só vos digo, não tentem fazer terapia pela net até às três da manhã com uma amiga doida, mas que é boa psicóloga e tem umas costelas de bruxa... é que por muito que se queira, na altura não apetece ir para a cama... ela diz que não vale a pena atirar-me da ponte, que sou doida, descreve-me com palavras que eu usaria para descrever um caniche a pilhas ( o que eu me ri com esta) que aparento precisar muito de ser cuidada e mimada que acredito no amor e que a minha força não se vê, está escondida. Não aparento ser forte nem guerreira, não pareço dar estabilidade a ninguém e isso assusta, ou seja pareço, um canichinho que precisa que tomem conta e levem a passear. Não sou uma mulher forte porque não sou capaz de fazer o que é preciso para ter o que quero, porque só quero de maneira que possa continuar a acreditar no amor e sonhar,  e basicamente continuar a parecer uma caninhe.... ou seja, sou doida, mas não muito, dá para consertar, diz ela... eu acho difícil, mas a ver vamos, como diz o cego... 
Há uma coisa que eu tenho boa na vida, são os amigos, poucos é certo, mas com quem posso dizer com muito orgulho que são pessoas de alma grande, com quem se pode conversar com a mesma facilidade com que se pode disparatar, e isso é uma coisa que me faz sentir nascer aquele sorriso do lado de dentro de mim, que me aconchega o calor da alma, mesmo quando ando gelada de tristeza. Ontem foi uma psicóloga doida, há uns dias uma miúda linda  que tem um coração doce que me lembra o meu há uns anos largos e que me ouve vezes sem fim, mesmo até às tantas da manhã no carro à porta de casa. Nisso das pessoas que escolho, ou me escolhem, para amiga sou abençoada, tenho algumas, mas poucas, razões de queixa. Nada é perfeito. Mas gosto das minhas pessoas. Muito.  As que fazemos família sem serem, que não partilhamos o sangue mas partilhamos os batimentos. E eu gosto disso. Sou uma pessoa de pessoas, é a elas que vou buscar, e dar, tudo. Com igual prazer.  Só pelas pessoas, pelo que se sente, e pelo que nos fazem sentir, a vida vale a pena ser vivida. E só assim é vida e não uma acumulação de dias respirados. 
Agora preciso dum balde de café ou duns palitos, mas não gosto de palitos de qualquer forma, e gosto de café... por isso lá vou eu ao café... já vos disse bom dia? 
Bom Dia!!!!

Não, não te quero para biblot, porque gosto de te atirar à parede e não convém que partas... porque gosto de atirar muitas vezes....
(pensamento estúpido  número 2633553 a esta hora da noite....)
Boa noite.

Também há quem lhe chame passatempo.
Mas isso são só rótulos... a única consequência de se errar no rótulo é guardar-se a coisa no sítio errado, e um dia, eventualmente, perceber que o rótulo estava errado. 
Não devia ter sido guardado ali, entretanto, estragou-se.
Convém saber o que se tem. E tratá-lo de acordo.