Eva me chamaste

Fizeste das minhas costas o teu piano

Dos teus desenhos as minhas curvas

Da minha boca a tua maçã

Dos meus olhos o teu mar

Do meu mundo os teus braços


(...)

29 abril 2015


"Erótica é a alma que se diverte, que se perdoa, 
que ri de si mesma 
e faz as pazes com sua história.
 Que usa a espontaneidade para ser sensual, 
que se despe de preconceitos, intolerâncias, desafectos. 
Erótica é a alma que aceita a passagem do tempo com leveza, 
erótica é a alma que não esconde seus defeitos, que não se 
culpa pela passagem do tempo. 
Erótica é a alma que aceita suas dores, atravessa 
seu deserto e ama sem pudores."

Fabiola Simões (a partir da frase de Adélia Prado "Erótica é a alma")

Ámen. 
Erotismo é espontaneidade, é rir com vontade, é chorar quando dói, é sermos nós, com o peso dos dias e a leveza dos sonhos. O genuíno é erótico, é cativante, é sensual. O melhor afrodisíaco é a intimidade duma conversa onde cabe o riso e a falta de siso, o doce do mimo com o sal do desejo, o silêncio que comunica, que não é vazio mas pleno. Porque há pessoas a quem por tudo que se diga, tudo fica, ainda e sempre, por dizer, como se as palavras se tornassem redundantes numa conversa que continua no silêncio, no riso, no mimo, no corpo com alma.
Erótica é a alma, o corpo ecoa. 

Boa Noite

... Já só falta a princesa... 
Brincos já temos...


... Verdade.
Tenho de retornar as minhas resoluções de novo ano (e que maldito ano, senhores...)
E acrescentar outras tantas medidas... Não posso sair de casa sem pequeno almoço de jeito e mantimentos para meio da manhã e tarde; não posso estar muito tempo sem comer porque não me apetece  ter de ir mesmo ao médico (nem os posso ver à frente, aliás...); tenho de ir definitivamente fazer exercitar o esqueleto, e à falta de melhor tem de ser num ginásio ou afins; vou outra vez voltar a arranjar-me um bocadinho de manhã, eyeliner e rimel e o olhar torna-se mais apresentável e a disposição também, temos de ajudar o pouco que temos... Voltei a usar brincos, ao fim de algum tempo, depois de várias tentativas frustradas de os pôr para os voltar a tirar porque não me assentavam no espírito (é engraçado é  a segunda vez na vida que o faço, desta vez mais tempo e não so brincos como tudo o que enfeitasse, mas suponho que é um pormenor  só meu que ninguém repara, e eu gosto disso de ninguém ter reparado e ser só meu, é talvez a minha forma de sentir as coisas que tantas vezes passa ao lado de quase todos, os que notam, poucos, são os que valem a pena), voltei a pô-los, faltam os anéis agora, falta voltar ao normal, ainda me falto, no fundo, mas quero-me inteira e muito eu, ainda que tenha de sangrar como as orelhas ao fim de tanto tempo sem brincos. Sangra-se de muitas maneiras, de algumas também se purga, só não podemos desistir de nós. Ou eu não quero. E agora vou passear que o sol já me espera... Ainda que a cara ainda não tenha melhorado... Um dia melhora. De dentro para fora, como tudo em mim.

Bom Dia

Sim, estamos sempre a tempo de viver e de fazer pela vida que queremos viver. Temos de estar. Ou já estaremos mortos, ainda que a respirar. A única regra é essa: tentar transformar o tempo em vida. Sempre. 

Boa Noite