Eva me chamaste

Fizeste das minhas costas o teu piano

Dos teus desenhos as minhas curvas

Da minha boca a tua maçã

Dos meus olhos o teu mar

Do meu mundo os teus braços


(...)

29 outubro 2013


(...)
A nudez corria-lhes pelas mãos
e chegava aonde tudo é branco e firme.
Aquele fogo de carne
era a carne do amor,
era o fogo do amor,
o fogo de arder amando-se e por toda a casa,
contra as paredes, no chão.
Se mais não pressentissem bastaria
aquela linguagem de falar tocando-se
como dormem as aves.
E os olhos gastos
por amor de olhar,
por olhar o amor.
E no chão
contra as paredes se amaram e
pela casa andavam como
se dentro das sementeiras respirassem.
Prisioneiros libertados, um
no outro eram livres
e para a vida e para o amor se beijaram
magoando-se mais, até ficarem magoados.
E uma presença rica,
agora nova e mais serena,
avidamente recebeu a música que atravessou de
um corpo a outro corpo
chegando às mãos
onde toda a nudez é branca e firme.
Com uma carne de fogo,
incarnando o amor,
incarnando o fogo,
contra o chão das paredes se amaram
pressentindo que
andando pela casa bastaria tocarem-se
para ficarem dormindo
como acordam as aves.


Joaquim Pessoa


[o Amor cabe em qualquer lado onde caiba a vontade, o desejo e um beijo.]
Boa Noite

... Que belas mãos!!...
...hummmm... 
...tenho um quarto livre lá em casa...
e é um bom e acolhedor lar... desde que não me chateiem muito...
mas o lixo fica à porta: caixotes, papelões e afins não entram...
ehehehehehhehe



Bom Dia!!
(Fora os óculos de sol, pareço eu quando acordo, 
a olhar-me ao espelho!!!... bahhhh)