Eva me chamaste

Fizeste das minhas costas o teu piano

Dos teus desenhos as minhas curvas

Da minha boca a tua maçã

Dos meus olhos o teu mar

Do meu mundo os teus braços


(...)

02 agosto 2013


Ainda antes de ser noite. 
E não, nunca, ninguém me ouve. 
Para quê? 
A dor é minha... 
é só, e apenas, minha porque tudo o resto é só meu também. 
Menos as lágrimas - essas que ninguém ouve - são agora da terra calada. 
Como eu.

Queria apaixonar-me por alguém que se apaixonasse por mim... E viver isso como quem come cerejas doces: até ao caroço. E como as conversas são como as cerejas também fosse uma paixão assim. Em que uma coisa puxa a outra, e nunca acaba.
(pode é dar depois uma grande dor de barriga - é o costume...mas ando a precisar de sentir que sou querida, que precisam de mim, que me querem, que gostam e se importam. Estou mesmo.)
Bom dia!
(desculpem lá a formatação mas não trouxe computador, tem sido tudo pelo telefone...)
E aqui estou eu, sozinha, debaixo deste imenso manto negro que alguém parece ter furado, picado infinitamente com diferentes agulhas. Por trás deste manto, denso de tão negro, escapa uma luz que ofusca de tão brilhante e que passa por buracos de agulha. Alguém coseu o céu todo e depois o descoseu, mas hoje não deixou buraco algum. Ninguém precisou de roubar daqui um retalho para aquecer a sua noite em qualquer lado. 
Boa noite.