Nesta corrente não me importava de nadar, de me afogar,
mas aqui só segue a corrente quem tem vida dentro.
Quem se afoga nela.
Boa Noite
vida?? contas??
impostos?? o diabo a sete???
Toma!!!
(estou farta disto, vou deixar de trabalhar. Não compensa.
Procura-se gajo rico, que não seja mão de vaca, sem herdeiros e que dure pouco tempo.
Enquanto durar eu trato-o o bem, mas o gajo que não se atrase muito, nem a chegar, nem a ir!!)
Abraça-me. Quero ouvir o vento que vem da tua pele, e ver o sol nascer do intenso calor dos nossos corpos.
Quando me perfumo assim, em ti, nada existe a não ser este relâmpago feliz, esta maçã azul que foi colhida na palidez de todos os caminhos, e que ambos mordemos para provar o sabor que tem carne incandescente das estrelas.
Abraça-me. Veste o meu corpo de ti, para que em ti possa buscar o sentido dos sentidos, o sentido da vida. Procura-me com os teus antigos braços de criança para desamarrar em mim a eternidade, a soma formidável de todos os momentos livres que a um e a outro pertenceram.
Abraça-me. Quero morrer de ti em mim, espantado de amor. (...) Joaquim Pessoa
[penso que este poema será uma repetição aqui no tasco, mas é tão lindo, eu gosto tanto, que de vez em quando tenho de voltar a ele. voltamos sempre às coisas de que gostamos muito, que são quase nós, não sendo nossas; falam-nos como se nossas fossem, tal nos acertam em cheio...]