Eva me chamaste

Fizeste das minhas costas o teu piano

Dos teus desenhos as minhas curvas

Da minha boca a tua maçã

Dos meus olhos o teu mar

Do meu mundo os teus braços


(...)

27 outubro 2014

...hummm 
...seguimos o estômago, sei lá... porque não?
Eu é que estaria tramada, que não cozinho nadinha...
... dava jeito alguém que fosse bom na cozinha... 
e já agora que também soubesse cozinhar!
eheheheh
(e por hoje aqui chega.... bora lá para a cozinha)


(...)
mas su mitad de amor
se negó a ser mitad
y de pronto él sintió
que sin ella sus brazos estaban tan vacíos
que sin ella sus ojos no tenían qué mirar
que sin ella su cuerpo de ningún modo era
la otra copa del brindis

y de nuevo se dijo
qué sencillo
pero ahora
lamentó que el futuro fuera oscura maleza

sólo entonces pensó en ella
eligiéndola
y sin dolor sin desesperaciones
sin angustia y sin miedo
dócilmente empezó
como otras noches
a necesitarla.

Mario Benedetti

[há lá melhor maneira de parar o dia, ou de acordar os olhos para lá do dia para que se acordou, e ler isto?... não acho que haja. Gosto desta doçura, ainda que triste, destes sentires. É disto que quero rechear a minha vida, a vida fora dos dias para que se acorda já feitos, já delineados, quase mecanizados, mas que só estes bocadinhos e alguém que os entenda como nós, fazem ser dias a valer a pena, a valer tudo. Um mundo nosso dentro do mundo de todos; um dia inteiro dentro de pequenos instantes. E perguntam-me: como? porquê? como é possível? E é isto. Assim. Só entende quem não entende, sentindo o que não se entende. Aceitando que é assim e não pode ser doutra maneira. Não é para todos. ]

Bom Dia