Eva me chamaste

Fizeste das minhas costas o teu piano

Dos teus desenhos as minhas curvas

Da minha boca a tua maçã

Dos meus olhos o teu mar

Do meu mundo os teus braços


(...)

27 fevereiro 2015

E agora, por ver uma apresentação dum concerto, dei por mim à lembrar-me de outras ocasiões, de outros concertos, de outros programas, e de me dizerem - como se nada fosse, ou como se isso justificasse alguma coisa - "eu tenho de ter vida, não é?" É, pois é. Pois tens, tens de ter vida, é isso que se faz, escolher a vida que se tem. Tu escolheste. E depois lembrei-me doutra, talvez por isso, por me lembrar de programas a não perder e coisas que se gostam: "não tenho razão para dizer que não". E se tu não tens, não ia ser eu que tas ia dar. Não faria sentido. Mas estas frases tiram sentido a tudo o resto que me diziam...

(Foto @aurelycerise)
... O que me apetecia um café ao sol, sentir o sol na pele, 
com sossego por dentro e por fora, os óculos de sol a ajeitar o mundo 
e as mãos dadas a quem nos quer bem e quer estar perto. 
Por sermos tanto extensão dele como ele nossa.
Não pode ser, como sempre, não pode ser. 
Toma-se café sozinha na cozinha, 
a ver o sol lá fora e a desejar dias melhores...

Bom Dia
A vantagem do facebook é uma pessoa acordar as cinco e meia e não conseguindo dormir entreter-se a ler umas coisas, até que alguém na outra ponta do mundo está acordado e conversa-se um bocado, damos-lhes as últimas novidades de hoje, e depois dizem-me  que aguento tudo, que sou como a mãe dele. E eu tento explicar aquela coisa da falta de alternativa... Aguentamos o que temos de aguentar por falta de alternativa que possamos escolher, é simples!! Como agora, se pudesse escolher estava encostada no peito que eu quero a fazer barulhinhos de golfinho, que na verdade nunca fiz, mas pronto. Mas isto era se eu pudesse escolher... Não posso. Não posso, e não devia escolher assim, se esse peito escolhe não estar aqui, eu nem devia ponderar escolhê-lo se pudesse, mesmo que esteja muito a precisar desse miminho, desse carinho, desse encostar de alma. Mas a realidade é que nao posso escolher. Tenho de estar sozinha e aguentar-me. Ora pois. É perguntar-me o que virá a seguir...