Eva me chamaste

Fizeste das minhas costas o teu piano

Dos teus desenhos as minhas curvas

Da minha boca a tua maçã

Dos meus olhos o teu mar

Do meu mundo os teus braços


(...)

18 agosto 2010

Não sabia que vinhas antes de ir outra vez, apanhaste-me de surpresa no meio do meu plano de te perder e de me perder de ti. Ligaste-me foste ter comigo, não percebo porquê, nunca percebo, porque dizes que estavas a ver se me resistias. Seria mais fácil não ir ter comigo, não te parece? Porque depois esses teus olhos desenterram dos meus, por muito fundo que o queira esconder, o que te querem dizer, dizem sempre sem eu querer. Dizes que não sabes onde, ou como, te perdes nos meus olhos, estes que dizes que fazem o meu nome ser menos meu do aquele que me deste, Eva, e chamas-me Eva vezes sem conta, dizes que é a doçura cruzada com a diabrura que me encontras no olhar onde dizes perder-te, mas donde sempre consegues encontrar a saída e fugir de mim.

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