Eva me chamaste

Fizeste das minhas costas o teu piano

Dos teus desenhos as minhas curvas

Da minha boca a tua maçã

Dos meus olhos o teu mar

Do meu mundo os teus braços


(...)

14 janeiro 2012

Não se consegue prender o mar
nas mãos em concha
Nem o coração
de ninguém preso
Encontramos um oceano inteiro
Ao tropeçarmos num búzio
Que chamam vazio
Morto
Vivo na força do mar
Que se ouve eterno
Que mãos algumas conseguem conter
É preciso abrir as mãos
Para o coração bater livre
No peito certo
Para encostar a minha cabeça
Ao teu

3 comentários:

Giuseppe Pietrini disse...

O teu poema, Eva, é dedicado a um ouvinte teu eleito, que só tu saberás quem é, e a mais ninguém importa. E as minhas palavras não deviam estar aqui como intrusas. Mas sinto o dever de encorajar essa tua veia lírica agora aqui exposta. E pedir mais do mesmo. Para todos os demais como eu.

Beijim! ;-)
Giuseppe

Eva disse...

Na verdade, não sei como é, mas umas vezes calha sair assim... e não é melhor não encorajar à coisa, porque só devemos encorajar fazer o que se faz bem, e isto são desabafos que acabam por escolher esta forma. Nem eu sei porquê, mas é assim, começa-se a escrever e percebe-se que tem de ser assim. Acho que é quando se quer dizer muito em muito pouco.

Eva disse...

Ahhh e não é de agora esta maneira de desabafar.. se fores ali às linhas desalinhadas.. está muito disto.