Eva me chamaste

Fizeste das minhas costas o teu piano

Dos teus desenhos as minhas curvas

Da minha boca a tua maçã

Dos meus olhos o teu mar

Do meu mundo os teus braços


(...)

23 fevereiro 2012

Não faço ideia por onde andas, ou a fazer o quê, o que te passa pela cabeça, se te lembras, se não te lembras. Se me procuras nas multidões, ou só nos recantos das memórias, se as tiveres e se as procurares, que nem isso sei. Não sei nada. Enquanto não sei nada penso muito, porque acho que tu também não sabes nada. Não de mim, de ti. E então sinto raiva, muitas vezes ódio, por não perceber nada, por nada fazer sentido. Por não querer sentir e não querer perceber nada, mas cá dentro alguma coisa não me deixar não querer nada, e sentir tudo. E então o caminho torna-se mais longo, o horizonte mais longe, a solidão mais escura, a vida mais fria. E não saber, não saber a que dia, a que horas, o meu horizonte me entrará de rompante ouvidos dentro e me levará com ele, avassalador, para um sítio onde ainda estás menos, onde te riscas definitivamente de mim, mas onde já sei o que pensas. Como agora, sinto que sei, mas ainda não me notificaste. Dizem que tenho pouca esperança. É verdade, não tenho, já não acredito em nada, em ninguém, muito menos no pouco a que me poderia agarrar para acreditar. Os sonhos não se agarram, as palavras, poucas, a que me poderia agarrar são tão fáceis de enganar como eu no teu colo, e os gestos jogam em todas as equipas, não têm dono, nem intenção. E eu não sei, não sei nada da falta que não sentes, ou do que sentes falta.

9 comentários:

Anónimo disse...

Basta ver as estatísticas para o assunto ficar esclarecido e como diria alguém que conheço, pois é...

Eva disse...

Pois é?? pois é coisa nenhuma... as estatisticas nada dizem, a não ser que aqui o estaminé tem sido visitado por muita gente, agora quem e o porquê de cá virem não sei. Podem cá passar para se rirem, porque gostam das parvoeiras que aqui aparecem ou gostam das fotos, ou para determinado alguém pode ser só massajar o ego. Não quer dizer que se sinta falta de alguma coisa, ou que pensem com saudades do que está por trás das letras. Não sei. Não sei nada. Nunca. Aliás sei, que está tudo na mesma, que não há mudanças. Se houver eu não sei, mas por certo não devem ser boas. Ahh e já agora, sabendo de estatisticas se fosse o único visitante seria fácil manipula-las para parecer algum interesse ou alguma outra razão estapafúrdia. Não sei. Não sei nada. Nunca. (mas já me estou a repetir...)

Anónimo disse...

É parece o cuco, hora a hora. Mas se não fossem as estatisticas o INE não tinha razão de existir, mas concebo que muita vezes possam ser enganadoras sim, o que não é o caso.

Anónimo disse...

none

Eva disse...

none? Não percebi..

Anónimo disse...

em relação à imagem

Eva disse...

Ah Pois Sim. Não importa quantos nunca sentirá falta dos meus. Já percebi

Eva disse...

Ah Pois Sim. Não importa quantos nunca sentirá falta dos meus. Já percebi

Anónimo disse...

não é verdade e não precisa de se repetir sim?