Eva me chamaste

Fizeste das minhas costas o teu piano

Dos teus desenhos as minhas curvas

Da minha boca a tua maçã

Dos meus olhos o teu mar

Do meu mundo os teus braços


(...)

24 março 2012

Enquanto estava ao telefone à porta de minha casa a tentar não me lembrar de ti, esperava que passasses, sabia que passarias sem saber, e fui ficando. Vi-te passar à minha porta duas vezes, e fiquei-me a pensar que passas à minha porta como pela minha vida, tentando não ser visto e sem nunca entrar.
Vendo e nunca saindo.

4 comentários:

Anónimo disse...

e doido para entrar não voltar a sair de ti.

Eva disse...

Pois mas sai sempre. Nunca entra de vez e nunca sai de vez de mim

Anónimo disse...

E será que quando passa à sua porta não pensa em si? Muitas vezes procuro um encontro, fingindo-o o casual, com um dito sujeito(que infelizmente me ocupa demasiado o pensamento) só para ter a certeza que pensou um segundo em mim, nem que seja só naquele instante em que nos cruzamos. Mas um dia vai-me passar esta tolice :)

Eva disse...

Não sei se pensará se calhar sim, mas se pensa não pensa as coisas certas, ou deixaria de passar a passaria a estar. Aqui. E nunca são tolices, é o que se sente, se não for o certo sim, passará, ou o tempo dará outra perspectiva sobre as coisas... espera-se :)