Tenho esta vida
E não sei o que fazer com ela.
Tenho este momento
De paixão e cinzas,
De escuridão e ruínas.
Estas asas de anjo
Que me ofereceste
Para te abraçar nas margens de um rio.
Estou deitado sobre a tua ausência
E, por vezes, chamo o teu nome
Ainda antes da madrugada assaltar a noite.
Não sei de onde venho,
Mas esta água azul e profunda
De onde partem os navios
Pinta o meu corpo de vermelho e negro
Onde tu viajas, à deriva, silenciosamente.
Paulo Eduardo Campos
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