Há dias em que só nos achamos ao fim do dia
naquele resto do dia em que restamos nós
E nesse resto de nós encontramo-nos de alma cheia
Plena de nós
De alma cheia do outro
Que não temos, mas que trazemos
Como nosso
Guardado onde os dias não chegam
Onde as noites não bastam
Onde sorri o olhar que não se vê
Mas que sentimos transbordar
Para depois se apagar
a luz ao sorriso,
encolher-se a alma
com frio,
esvaziarmo-nos
no vazio de nós
que encontramos no outro
em que não há sequer restos de nós
para apagar
3 comentários:
Gosto
Ai... :(
esta é a minha alma tantas e tantas vezes
n.
@n.: Também a minha, e ontem teve de sair... em palavras mesmo, escritas branco no preto, mas alivia.
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