Eva me chamaste

Fizeste das minhas costas o teu piano

Dos teus desenhos as minhas curvas

Da minha boca a tua maçã

Dos meus olhos o teu mar

Do meu mundo os teus braços


(...)

11 dezembro 2012


Ela diz que é o contrário, 
que ela não pode esquecê-lo, 
que a partir do momento em que não se passa nada entre eles, 
fica a memória infernal daquilo que não acontece.

marguerite duras 


[o inferno do que nunca aconteceu. o inferno do que não teve lugar, nem terá. o que já aconteceu quieto no passado, a nada alterar, a nada alimentar, a nada respirar, senão a memória e a memória que traz do que nunca será. o nunca, o meu inferno pessoal do nunca, porque o nunca é para sempre. para sempre o inferno do que nunca foi. como os "ses", que ficam para sempre porque são filhos do nunca.]

2 comentários:

do Paço disse...

Esta coisa que tens ao alinhares em palavras os meus e só meus pensamentos que, de tão loucos que são, se desalinham... deixa-me sem saber se te devo "consumir" ainda mais ou afastar-me deste (quase) espelho meu!

A sério Eva...Desculpa a frontalidade.. mas és o lado desassossegado do meu lado negro.

Bom dia... *

Eva disse...

Bom Dia!!
Bom, parece que não serão só teus estes pensamentos, e saber que não serão só meus dá algum conforto (acho, mas ainda não sei bem...) agora uma coisa te digo, o blog, o que se escreve e lê, pode ter sempre várias medidas e velocidades que dependem de muita coisa, da nossa vida no momento, do espírito que a vida nos dá a cada instante, eu sei lá... só a vida e o amor não pode ser "consumido" às colheres... o resto pode ser conforme nos apetece!!
Lá está, não gosto de nuncas...