Eva me chamaste

Fizeste das minhas costas o teu piano

Dos teus desenhos as minhas curvas

Da minha boca a tua maçã

Dos meus olhos o teu mar

Do meu mundo os teus braços


(...)

08 fevereiro 2013

Irrita-me. Irrita-me eu preocupar-me, irrita-me eu querer saber. Irrita-me eu saber que amo alguém pelo melhor que tem, mais ainda, que esse melhor esteja fechado numa gaveta e nunca respire o ar do mundo. Irrita-me eu estar fechada com essa gaveta. Irrita-me saber que o melhor de nada serve fechado. Irrita-me saber que se ama alguém mais pelo que esse alguém deseja ser e sonha, do que pelo concretiza. Irrita-me saber que as pessoas são, verdadeiramente, muito mais os seus desejos e sonhos, do que o caminho que falta andar para que os fazer chegar à luz do mundo. Irrita-me saber que é isso que as identifica e não o que fazem com isso. Irrita-me que se escolha um fato cheio de mundo para esconder o que guardamos na nossa melhor gaveta, por medo de ser quem realmente somos, e desperdiçarmo-nos a ser quem não somos, nem queremos ser, com medo de quem nos podemos tornar sendo nós mesmos.
Irrita-me. Irrita-me que tenha de me levantar para escrever isto tudo que me aparece na cabeça com vontade própria de sair pelos dedos em letras. Irrita-me que ninguém o entenda. Irrita-me que este fato, com que visto a alma de mundo, não sirva a ninguém. Irrita-me tudo isto me irritar. Estou irritada, pronto.

(isto não deve fazer sentido nenhum, mas às escuras e a esta hora fica assim mesmo, não é para entender mesmo...)

4 comentários:

Anónimo disse...

A mim também pronto.
Bom dia Eva @

Eva disse...

Pois sim... Bom di@

Anónimo disse...

Como Antonio Gedeao muito bem dizia "o sonho comanda a vida", por isso, é hora de sair da gaveta, Eva, e viver a vida com tudo a que tens direito!!!!! comeca agora!
Vamos la, amiga!!
Beijinho
n.

Eva disse...

Os nossos sonhos, os nossos desejos e ideais somos nós, é a nossa essência, mesmo que nem sempre a consigamos concretizar, se o queremos se o desejamos é isso que somos, quem somos, mesmo que nunca lá cheguemos... só é nossa obrigação tentar. Tentar, pelo menos, abrir a gaveta e ver o que dá.
(no meu caso não tem dado nada de jeito, nada a que me possa agarrar e confiar, mas não me arrependo, o que deu já ninguém me tira...e há muitas coisas boas no meio de tudo)
;)