Eva me chamaste

Fizeste das minhas costas o teu piano

Dos teus desenhos as minhas curvas

Da minha boca a tua maçã

Dos meus olhos o teu mar

Do meu mundo os teus braços


(...)

02 outubro 2013


E é quando se vê uma coisa destas que percebemos o quão emocionalmente nas lonas estamos. Uma coisa assim lamechas e coiso e tal, que noutra altura não nos diria nada, e até era capaz de suscitar um comentário trocista sobre o tom delico-doce da coisa...e agora dá-nos uma vontade imensa de que alguém se apaixone assim por nós, daquela forma ridícula à prova do ridículo (todas as cartas de amor são ridículas já dizia o outro, mas todos gostam de as receber e de se sentir com vontade de as escrever sem se sentirem ridículos),  ou que quando nos apetece fazer estas, ou outras coisas do género - que nos fazem sentir bem, e que nos fazem usar aquele sorriso parvo na cara tempos sem fim depois, sem sequer se saber bem a razão de tal -, as possamos fazer e não nos sintamos tremendamente estúpidas, e desperdiçadas, desprezadas ou apenas mal-amadas, na falta de eco destes gestos e na falta do sentir avassalador que os faz fazer.

2 comentários:

Anónimo disse...

Boa tarde ev@

Eva disse...

Bo@ tarde