Eva me chamaste
Fizeste das minhas costas o teu piano
Dos teus desenhos as minhas curvas
Da minha boca a tua maçã
Dos meus olhos o teu mar
Do meu mundo os teus braços
(...)
Fizeste das minhas costas o teu piano
Dos teus desenhos as minhas curvas
Da minha boca a tua maçã
Dos meus olhos o teu mar
Do meu mundo os teus braços
(...)
01 novembro 2013
- Está a falar a sério? – perguntou-lhe.
– Desde que nasci – disse Florentino Ariza – não disse uma única coisa que não fosse a sério.
O comandante olhou Fermina Daza e viu em suas pestanas os primeiros pingos de um orvalho de inverno. Depois olhou para Florentino Ariza, o seu domínio invencível, o seu amor impávido, e se assustou pela suspeita tardia de que é a vida, mais que a morte, que não tem limites.
– E até quando acredita o senhor que podemos continuar nesse ir e vir do caralho? – perguntou-lhe.
Florentino Ariza tinha a resposta preparada havia cinquenta e três anos, sete meses e onze dias com todas as suas noites.
– Toda a vida – disse.
Gabriel Garcia Márquez
in «O Amor Nos Tempos de Cólera»
[as últimas linhas do livro. li-o num ápice.
não há amores assim; e se não for assim, não é amor. ambivalências. ]
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