Eva me chamaste

Fizeste das minhas costas o teu piano

Dos teus desenhos as minhas curvas

Da minha boca a tua maçã

Dos meus olhos o teu mar

Do meu mundo os teus braços


(...)

12 junho 2014



Hoje vim o caminho todo sem música, só debaixo do sol, com o olhar atrás dos óculos de sol novos - porque uma rapariga tem essa coisa da terapia de compras, com amigas que gostamos de fazer rir e rir com elas, e entretanto vestir, despir, experimentar, dizer que sim, dizer que não, e passar o tempo só com parvoeiras que saem caras mas saudáveis. E então, dizia eu, vim a pensar numa serie de coisas, e estou cansada da escuridão deste blogue (percebi ontem no flashback a que me impus), eu sou assim, mas não sou só assim, e embora já tenha outro blog onde me vou tentando escrever, vai ser neste, aqui, que eu espero conseguir dar-me a volta. 
Às vezes é preciso espezinharem-nos de tal forma, dirigirem-nos tal mesquinhez e mentiras, que ao notarmos tanta falta de carácter e de tanta coisa, que ainda por cima apesar de premiada com o que desejam, o que tanto desejaram, mesmo depois de vitória em punho, não sabem ganhar sem tentar humilhar e espezinhar a quem entendem que ganharam, como se algum dia isto tivesse sido uma disputa, e no entanto, nem o sabor que deveria ser doce da suposta vitória, ou pelo menos de se ter o que se desejou, acalma a maldade das atitudes. É então que percebemos que por muito pouco que possamos valer não espezinhamos, nem nunca espezinhámos, ninguém, não mentimos e não prejudicamos ninguém conscientemente, basicamente não nos identificamos com esse mundo de fachada e tão podre por dentro. Chega-se a sentir vergonha alheia de tal mundo em que alguns vivem.
Então, se este blog é um pouco o meu espelho, vai ter de funcionar ao contrário e fazer-me tentar dar a volta e trazer-me de volta a imagem do que quero para dentro de mim, porque também é o que sou, as brincadeiras, os posts atrevidos, o sarcasmo, a vivacidade.
 Porra, eu não vou amargar nem deixar-me morrer o que tenho de bom. 
Não vou. 
Ou vou, pelo menos, tentar.
 É coisa que de mim não podem dizer, que não tento sempre o que quero, o que acho que me fará bem e feliz. Não tenho essa cobardia. Essa pelo menos não tenho. Terei outras. 
Por isso, deixei cair os tomates mas voltei para os buscar. 
eheheheh
Bom Dia

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