Eva me chamaste

Fizeste das minhas costas o teu piano

Dos teus desenhos as minhas curvas

Da minha boca a tua maçã

Dos meus olhos o teu mar

Do meu mundo os teus braços


(...)

23 setembro 2014


... Mais um fim de dia, despedirmo-nos dos dias às vezes custa, mas quando as despedidas custam é porque o que as antecede é bom e deixa saudades. O mau é isso ficar atrás, no passado, e termos de continuar para a frente com esse peso das saudades que aumenta com o tempo que passa. Tenho tido nos últimos tempos demasiadas despedidas, mas não tenho como evitá-las. Tenho só que saber como fazer para as saudades não pesarem, aprender a lidar com as recordações sem o peso de se conjugarem no passado, mas apenas sinal de que se viveu e foi bom. Não as deixar morrer, as que valem a pena viverem em nós, mas não nos pesarem. Serem uma luz para o futuro, como a beleza desta luz que vejo agora neste céu a espreitar por entre as nuvens negras com uma luz quente e doce.

Sem comentários: