Eva me chamaste
Fizeste das minhas costas o teu piano
Dos teus desenhos as minhas curvas
Da minha boca a tua maçã
Dos meus olhos o teu mar
Do meu mundo os teus braços
(...)
Fizeste das minhas costas o teu piano
Dos teus desenhos as minhas curvas
Da minha boca a tua maçã
Dos meus olhos o teu mar
Do meu mundo os teus braços
(...)
03 dezembro 2014
Vejo-a chorar à minha frente e apercebo-me de que se me gastaram os abraços. Já não tenho braços para tanto tamanho, para tamanha vida. Quando os braços eram mais pequenos eu ainda achava que lá cabia tudo, talvez eu fosse maior quando era pequena, ou ao contrário do que dizem, o mundo me parecesse mais pequeno e menos avassalador de dor, e os abraços não se gastavam, nem se cansavam, nem se desistiam, como as lágrimas parecem nunca se cansar. Uma pessoa pensa que a vida nos gasta as lágrimas mas arranja-nos sempre mais. A vida só nos gasta a nós em tantos nós que nos faz engolir. Seca-nos nos intervalos de tantas lágrimas.
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