Eva me chamaste

Fizeste das minhas costas o teu piano

Dos teus desenhos as minhas curvas

Da minha boca a tua maçã

Dos meus olhos o teu mar

Do meu mundo os teus braços


(...)

13 março 2015


“Às vezes te odeio por quase um segundo

depois te amo mais

teus pêlos, teu gosto, teu rosto, tudo

tudo que não me deixa em paz.”

Cazuza

[já de mim a paz em ti abunda.
a tua memória esquece-se de me lembrar, entre um minuto e o outro, entre uma respiração e a outra, entre um dia e o outro, sempre.
não existo, não em ti.
se é tão fácil esquecer, porque não esqueço eu de me lembrar, e de me lembrar que me esqueceste (principalmente lembrar que me esqueceste, que não te sou, se te cheguei a ser...dói tanto isso, sei lá porquê), talvez, se pudesse escolher, eu escolhesse esquecer-me de te lembrar, de nos lembrar, de saber que respirar contigo é melhor, que rir contigo é melhor, que viver contigo perto é melhor - que me sinto melhor contigo, ao pé de ti. Talvez se me esquecesse de tudo o que senti, e senti que fomos, e que fui, e que posso ser, eu pudesse odiar-te em paz por mais de um segundo, de uma respiração, de um dia. talvez.]

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