" a mão presa no pescoço a subir pela cabeça, lentamente, mas de pulso forte, entre força e vontade, mas sempre carinho. fica-se ali na tensão, entre te quereres soltar, e gostares de sentir o aperto de quem te quer. mente e corpo em luta. coração e cérebro a discutirem-se entre a liberdade e a entrega. entre a quase dor e o quase prazer. maravilhoso, como o corpo fala ali mais que mil palavras. não há teorias, razões, ou perfis que encaixem melhor, que testem melhor uma relação: é o corpo. é a forma como se move, como se toca, como se entrega. e, se a forma como agarra, diz muito de um homem, diz mais de uma mulher a forma como se deixa agarrar. a forma como se deixa prender, como se entrega, como se confia aos braços do seu homem. como diz, sem falar: sou tua."
Talvez por este agarrar o meu fascínio por mãos. O toque certo com a firmeza exacta. O cheiro do desejo agarra-se à pele com paixão, entranha-se na vontade, no olhar, no respirar de cada som que nos enleva. Os corpos que falam enquanto se mexem, que se entregam à entrega, que agarram a vontade da pele com a pele. Os corpos que se chegam, aconchegam e se abandonam à essência despida de pele.
Saudades de sentir isto, de me sentir assim. De me render, de confiar-me a alguém sem reservas, de deixar-me ser em alguém. Presa na mais genuína liberdade. Essencial, sentirmo-nos de alguém.
Boa Noite
Boa Noite
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