Eva me chamaste

Fizeste das minhas costas o teu piano

Dos teus desenhos as minhas curvas

Da minha boca a tua maçã

Dos meus olhos o teu mar

Do meu mundo os teus braços


(...)

12 março 2015


Que coisa tão boa perceber a felicidade nas palavras de alguém de quem gostamos, nas cores da entoação com que se escreve, o ritmo da felicidade cheira-se nas letras, por poucas que sejam as frases que se trocam... e é bom, faz-nos renascer por dentro, acreditar que sim, que há coisas boas, que valem a pena. Fico feliz por eles e penso, como tonta assumida, que um dia alguém poderá ( se existe um dia pode-me calhar, sei lá, também pode ser que não, mas pode ser que sim... um dia) dizer de mim o mesmo, que me raptou para uns dias de namoro. Que quem o diga tenha o mesmo sorriso na cara que adivinho por trás das letras que leio, e que sei, sente-se, que será maior por dentro, como um brilho que reluz a toda a distância, e que eu faço de farol. Diz-me  que claro que está feliz, que sempre que estão juntos está feliz, estão, são felizes... 
É tão bom poder acreditar que a felicidade é um sítio certo e seguro para  que podemos correr de braços abertos, e donde nunca na verdade nos afastamos - e esse lugar é alguém onde estão os dois. 
É coisa boa, que me deixou a sorrir, estou aqui a escrever assim, de sorriso parvo na cara, a olhar para um ecrã que me deixa falar sozinha do bom que é a felicidade às vezes se espelhar, e me sobrar um bocadinho para ficar feliz por alguém. E por ainda me surpreender a acreditar nessa coisa de amar ser uma coisa boa e feliz. Sim, pode ser. É possível. Que bom... que bom saber que há felicidade genuína, imperfeita, mas talvez seja esse o toque da perfeição, porque é real.

Boa Noite

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