Eva me chamaste

Fizeste das minhas costas o teu piano

Dos teus desenhos as minhas curvas

Da minha boca a tua maçã

Dos meus olhos o teu mar

Do meu mundo os teus braços


(...)

01 junho 2015

Fiquei a pensar nesta coisa da essência... e lá por alguém ser em essência uma coisa não quer dizer que não possa em determinado momento e por vários motivos ou circunstâncias fazer alguma coisa fora do que lhe é natural. Uma pessoa em essência fraca não está impedida de em certas alturas conseguir ser forte, assim como alguém com força de espírito também fraqueja, também sucumbe. Alguém de mau carácter também pode ter atitudes moralmente decentes, assim como um bom carácter pode perder a cabeça e ser às vezes um estafermo... Tendo a concluir que nada é estanque, definitivo e fixo na vida, muito menos nós; apenas variamos e moldamo-nos em cima do que a nossa essência tem por estrutura, e nos deixa moldar e ceder.... e passar dos carretos também.
Curiosamente a essência é aquilo a que sempre voltamos, porque é o que somos, é a nossa maneira de responder à vida, mas sempre haverá excepções, parece-me, e essas não desfazem quem somos, apenas confirmam por serem (um)a excepção.
Bom, e agora vou-me pirar, que apetece-me uma esplanada e um fiozinho de sol e hoje ainda há tempo... acho eu.

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