Eva me chamaste

Fizeste das minhas costas o teu piano

Dos teus desenhos as minhas curvas

Da minha boca a tua maçã

Dos meus olhos o teu mar

Do meu mundo os teus braços


(...)

14 julho 2015


Apetecia-me fechar os olhos e deixar de respirar. No entanto, não são os olhos que respiram, mas sim, talvez, o olhar. É este olhar que respiro, respirando-me. Se fechar os olhos talvez consiga ser outra, e a vida ser-me diferente, eu ser diferente. O mundo mudar.
É o olhar que nos dá o mundo. Não quero este mundo, não quero esta vida. 

Boa noite.

3 comentários:

Dear Zé disse...

E assim, portanto, a solução estará em olhar para outro lado, noutra direcção, e não, fechar os olhos. ��
Boa noite.

Alice Wonderland disse...

Eu às vezes também queria parar de respirar. Mas assim subitamente. Mas depois percebo que a falsidade de outras pessoas não pode ser o nosso motivo para querer tão mal à vida. No final a vida tem de valer a pena por nós. Não pelos outros. Por isso sofrer faz parte mas um dia vai parar.

Eva disse...

@dear Zé: sim, a solução é olhar noutras direcções, suponho que sim. :)

@ Alice: o problema não é a falsidade dos outros, a falsidade fica com eles, o erro de avaliação e expectativas é sempre nosso, a confiança somos nós que a entregamos... Só se magoa quem se dá.
O problema não são os outros, o problema é o cansaço do olhar, de manter os olhos abertos, de respirar um olhar que a realidade não acolhe.