Eva me chamaste

Fizeste das minhas costas o teu piano

Dos teus desenhos as minhas curvas

Da minha boca a tua maçã

Dos meus olhos o teu mar

Do meu mundo os teus braços


(...)

06 setembro 2015

Diz-se que o pior cego é aquele que não quer ver, 
mas não querer ver não é já saber e fechar os olhos para não ver? 
Um cego não precisa fechar os olhos para não ver. 
Não querer ver é uma escolha, não uma incapacidade. 
E será que depois de se saber, vale a pena fechar os olhos? 
Melhor, conseguir-se-á verdadeiramente? 
Fazer de conta que não se sabe, que não se viu?
Não é para todos enfrentar a sua realidade sem providenciais cegueiras paliativas. 
Para se assumir que se viu o que nao se quer ver, que se sabe o que não queremos saber,
 é preciso coragem, não para abrir os olhos, mas para não fazer de conta que os fechámos. 

1 comentário:

Anónimo disse...

Na grande maior parte das vezes só vemos aquilo que queremos ver, e sabemos aquilo que queremos saber. Fechar os olhos, não querer saber nada que nos acrescente em termos humanistas ou que nos faça evoluir como pessoas, saber não satisfazer "curiosidades negativas", melhor, chegar ao ponto de nem sequer ter curiosidades ilegítimas, isto tudo, não só é nível como é verdadeira evolução do espírito.

A inocência é o que fazemos dela, a vida é como a vemos...

A vida é bela quando a única coisa que nos preocupa, é o bem estar dos outros e nada mais. Porque as pessoas têm o seu espaço, que é seu.

Vivemos num mundo corrupto.