Eva me chamaste

Fizeste das minhas costas o teu piano

Dos teus desenhos as minhas curvas

Da minha boca a tua maçã

Dos meus olhos o teu mar

Do meu mundo os teus braços


(...)

10 janeiro 2010

Cama fria

A cama fria é que eu ressenti, o acordar durante a noite e ter frio, sem qualquer alteração que não o lado da cama vazio...estranho...tudo o resto não me causou estranheza, não me falta, não sinto que me falte (ainda) nada e apetece-me até dizer que agora me sobram coisas...tempo, e não digo que sobre por não saber o que lhe fazer, mas que me sobra para que possa fazer o que quero... Tempo para mim foi o que ganhei, e tranquilidade, muita tranquilidade... para agora me redescobrir e pensar o que fazer da minha vida neste 2010 que agora começa cheio de mudanças e de esperanças e de vontades... Sinto que algo em mim mudou, não sei se para melhor se para pior, mas sinto que algo de muito genuíno nasceu neste processo... a vontade de ser eu, de não me esconder, de querer, de querer viver e arriscar, de me lançar na vida sem medo de me magoar...que me magoem. E não que duvide que me possa, ou vá, magoar, só agora vejo que assumir que não quero ser magoada é assumir que não quero arriscar ser feliz.

2 comentários:

LuaCheia disse...

Cheia de força. Que bom! Menina sem medo...

Eva disse...

Medo tenho e não é pouco... mas não vejo alternativa a enfrentá-lo. Inevitabilidades da vida. Omedo pode ser uma coisa boa porque nos deixa alerta para o que pode correr mal, não nos pode é impedir de recusar o que corre mal recusando poder vir a correr bem... E depois, depois nos entretantos olhamos o céu e a lua continua lá e nós respiramos fundo, sorrimos, fechamos os olhos e pensamos que amanhã ela vai continuar a estar lá...