Eva me chamaste

Fizeste das minhas costas o teu piano

Dos teus desenhos as minhas curvas

Da minha boca a tua maçã

Dos meus olhos o teu mar

Do meu mundo os teus braços


(...)

19 agosto 2010

Sinto-te a falta, quanto mais tento contorna-la menos a esqueço e mais a sinto.
Que raio me fizeste?
Porque raio o fizeste?
Já não te pensava tanto, já me racionalizava mais, já me habituava a não te ter no hábito.
E agora não sei que faça, que me faça que te faça.
Toda eu te reclamo sem conseguir contraria-lo.
Toda eu te recordo sem ter de muito remexer na memória.
Toda eu te sonho sem conseguir dormir.
Toda eu me engano sem te conseguir acertar.

6 comentários:

MC disse...

Há uns tempos diria-te que "isso passa".

Hoje fico-me por um "espero que passe".
Que a esperança nunca te desapareça por completo!

Eva disse...

Sabe eu tenho sentimentos muito ambíguos acerca da esperança que passe, por um lado quero muito, por outro, isso implica perder também o que de mais lindo se pode sentir, para ser apenas trocado pelo vazio, pela saudade e por outra especie de dor. E ainda não descobri qual a pior. Porque esse vazio não contempla a esperança de algo melhor, normalmente, por muito tempo.
Mas percebo e agradeço o que quer dizer. :)

MC disse...

O momento de vazio chegará. Faz parte. O importante é que não fique tempo demais e dê (o normal) lugar ao bater normal do coração que abre o "apetite" e a vontade para uma nova relação... (que não tem obrigatoriamente de acontecer!)

Não te agarres à saudade, independentemente do bom que tenha sido. Passou. Não leva a nada. Não adianta. Alguém não fez de ti uma prioridade pelo que não deves ficar a remoer "essa saudade".
Quanto mais depressa abrires os olhos para o que te rodeia, mais depressa podes viver com o coração a bater depressa outra vez... Quem sabe alguém faz de ti uma prioridade...

;)

Eva disse...

Isso era bom, ser uma prioridade de alguém que me é prioritário...
:)

MC disse...

Qual é o sentido do resto?

Eva disse...

O sentido é ser sentido, mesmo que do outro lado não se sinta da mesma maneira... Não é é muito agradavel, completo e etc, nesse sentido tens toda a razão. Mas termos nós uma prioridade dá-nos a falsa sensação de não andarmos à deriva, mas muitas vezes é quando andamos mais... como tu, no fundo penso que dizes.
:)