Eva me chamaste

Fizeste das minhas costas o teu piano

Dos teus desenhos as minhas curvas

Da minha boca a tua maçã

Dos meus olhos o teu mar

Do meu mundo os teus braços


(...)

30 abril 2013

"ficar em silêncio quando o outro espera uma palavras é cobardia" - nunca tinha resumido a coisa assim, mas é mesmo isso, sim. 
Depois há quem diga que o silêncio já é resposta, é a resposta que quisermos, se é o que pensamos, é essa. Se temos um raciocínio lógico, deve estar certo, deve ser isso. 
É fácil, e não tem de se bater de frente com nada, assumir nada, dizer nada, assim nada é difícil. 
Nada é nossa responsabilidade: não dizemos nada, e o silêncio o outro que o entenda como entender, que deve estar certo. Se não estiver, paciência, também não faz mal, não é problema nosso querer dar respostas ao outro, isso é problema do outro, e ele que se dane, o importante somos nós.

3 comentários:

Anónimo disse...

Silencio é como muro , como precipício qdo ja tudo terminou entre os dois.

n.

Eva disse...

O silêncio pode ser muito doce, pode ser bom estarmos só encostados sem falar, só a respirarmo-nos... o silêncio é optimo quando não é incómodo entre duas pessoas e revela intimidade o silêncio bem partilhado. O silêncio como resposta ao que quer que seja que se pergunte é esconder, é ocultar, é não assumir, é cobardia. E esse silêncio eu detesto, pelo que significa, nunca dei silêncio como resposta a ninguém, se alguém pergunta o minimo que posso fazer se respeito quem pergunta é responder honestamente o melhor que possa.
O silêncio que sela uma separação, é isso mesmo: é a constatação dum afastamento, dum desejo de alguém de distância, um fosso que se cria entre os dois propositadamente, ou consequentemente ao que os fez afastarem-se. Esse silêncio é duro, mas é uma consequência, ainda assim é, como dizes, um precipicio em que temos de cair.

R disse...

Subscrevo! Tudo!