Eva me chamaste

Fizeste das minhas costas o teu piano

Dos teus desenhos as minhas curvas

Da minha boca a tua maçã

Dos meus olhos o teu mar

Do meu mundo os teus braços


(...)

19 agosto 2014

... nos dias que correm é mais os hematomas, melhor:
um só, único e geral... 
Dizem que com o tempo passa - dizem -, e mesmo que eu não concorde, continuam a dizer, 
e eu só digo a ver vamos, como diz o cego... que não sei se percebe de amor, mas como dizem que o amor é cego, vai daí tem umas afinidades, sabe-se lá... 
para ter afinidades com o meu devia ser cego surdo e esquizofrénico. Pois, coitado... é, eu percebo, ninguém sobreviveria decentemente assim. Suponho que isso diz alguma coisa de mim e desta coisa que me habita em forma de hematoma. Preciso de cuidados médicos, é o que é...
E agora vou ver se acabo o meu livro que me faltam umas cem páginas, e isso é já ali ao virar da esquina. ...Com licença.
Boa Noite.

2 comentários:

Filipa disse...

...Mas depois também dizem que um verdadeiro amor nunca morre;
Dizem que longe da vista, longe do coração, mas também dizem que não há longe nem distância que mate um verdadeiro amor, que é na distância até, que melhor se comprova se esse amor é verdadeiro ou fogo de palha, dizem até que o verdadeiro cresce com a distância... Conclusão, é sorrir educadamente para o que dizem e não ligar muito, porque nestas coisas e noutras, cada um sabe de si ;)

Eva disse...

É verdade, há mais ditados que problemas, digamos... há sempre (ou quase, parece-me) mais que uma solução popular para o mesmo assunto. É escolher o freguês o que melhor lhe aprouver ;))

Eu não sou, nem nunca fui, da opinião que o tempo cura tudo, ou que longe da vista, longe do coração (mas esta gente nunca foi apresentada à saudade??). O tempo só muda a direcção do holofote e a distância se calhar ajuda o holofote a acertar a pontaria.
o Tempo dá outra perspectiva à coisa, reduz a intensidade da dor e atenua a memória (a distância se calhar faz o contrário...), e isso ajuda-nos a lidar com a situação e connosco, mas curar? um amor não se cura, ainda que muitas vezes pareça uma doença... com sorte aprendemos a viver com ela e levar uma vida (quase) normal.