Eva me chamaste

Fizeste das minhas costas o teu piano

Dos teus desenhos as minhas curvas

Da minha boca a tua maçã

Dos meus olhos o teu mar

Do meu mundo os teus braços


(...)

25 agosto 2014

Quando é que os casais começam a ser só companheiros e deixam de ser namorados? É com os filhos? Ou os filhos aparecem porque as pessoas deixaram de ser namorados e precisam de alguma coisa que os junte? Ponho-me a olhar para as pessoas e não consigo descobrir. Sei que quando quis engravidar ainda namorava, mas agora que penso nisso, não era apaixonada...

4 comentários:

Filipa disse...

Conheço um casal, do qual fui ouvindo dizer que não se andavam a dar lá muito bem, que tinham muitos problemas, sempre que estas conversas surgiam, passado um tempo, vinha a notícia que ela estava grávida, já vão na 3.º filho e a sequência é sempre a mesma, rumores sobre problemas, seguidos de gravidez :). Uma grande amiga que diz que, actualmente, só mantém o casamento...porque se casou :),também me disse, que talvez parta para o segundo filho... Espero que estes exemplos contribuam para a reflexão e não baralhem mais e não quero pôr mais lenha na fogueira, mas, talvez as pessoas pensem assim, isto por aqui está tão chato, vamos fazer uma pessoa nova a ver se saímos um bocadinho mais desta pasmaceira. ;)

Eva disse...

Sim, também oiço sobre casos desses, ou de casos em que os filhos servem para segurar e prender os homens a casa, porque de repente aparecem grávidas sem aviso... E hoje em dia, e já há muito tempo, isso só acontece quando a mulher quer... O homem não tem grande voto na matéria... Só mesmo para conceber a criança sem saber. Enfim manhas, mas manhas que conseguem o seu propósito porque as pessoas estupidamente ficam juntas... E dizem que é pelos filhos, quando na verdade me parece mais ser por cobardia, para não ter de se começar de novo.

Filipa disse...

Para ser completamente justa, também conheço casos, em que as pessoas estão juntas vários anos sem ter filhos, porque no fundo sentiam que não era bem aquilo e depois acabam efectivamente por se separar e casos em que as pessoas querem gozar a companhia só um do outro durante muito tempo e só depois têm filhos.
A propósito daquilo que a Eva disse, tenho cada vez mais respeito e mesmo admiração, pelas pessoas que não são cobardes, que não têm medo nem preguiça, de correr o risco, o risco de começar de novo com tudo o que isso implica, quando não estão bem, quando estão só conformadas, afinal, como ouvi outro dia, que esperança é que pode haver em alguém que vive ao lado de quem já não ama.

Eva disse...

... Pois esperança de ser feliz, qualquer dos dois, acho que nenhuma. Como eu vejo as coisas precisam de as duas gostarem com quem estão. Mas isto é o que eu penso, só. A noção de felicidade já percebi que é muito relativa.