Eva me chamaste

Fizeste das minhas costas o teu piano

Dos teus desenhos as minhas curvas

Da minha boca a tua maçã

Dos meus olhos o teu mar

Do meu mundo os teus braços


(...)

16 setembro 2014

Quando é que a capacidade de sofrer se torna em incapacidade de sentir?

4 comentários:

Anónimo disse...

Será talvez quando perderes a capacidade de amar...
Aconteça o que acontecer, oxalá nunca chegue a esse ponto...
Boa noite, Evinha
Nanda

Eva disse...

Nanda!! Já me tinha perguntado muitas vezes por ti!... Desapareceste.
Sabes a caminho de casa era isto que vinha a pensar, as vezes percebemos que a nossa capacidade de sofrer é tão grande que o fim da linha só pode ser incapacidade de sentir, e por isso de amar, como dizes. É como uma defesa, uma defesa natural, um instinto talvez. Como quando o corpo é ferido duma dor lancinante é insuportável e desliga, desmaia. Para não sentir. Vinha a pensar nisso a minha cabeça doida...

sal disse...

Quando decidires que a tua felicidade, dê por onde der, não pode nunca depender de terceiros e é da tua única responsabilidade. Para isso é preciso que te foques em ti e tentes encontrar um equilíbrio e isso pode começar por fazeres pequenas coisas que te proporcionam prazer e bem estar. E não precisam de ser grandes coisas, acredita. Sentir só o que nos faz bem, depois de um grande sofrimento, é um trabalho diário e duro e às vezes parece inglório, mas é melhor do que deixar de sentir. Se deixares de sentir corres o risco de esquecer e se esqueceres corres o risco de te permitires voltar a sofrer pelas mesmas razões. :) eu ainda ando a apanhar bonés, de vez em quando, mas primeiro EU!

Eva disse...

Sim, é verdade, oiço muito isso, e acho que tem toda a lógica, até porque não precisamos de mais do que efectivamente temos para viver; o viver bem, nessa tua perspectiva, é opção, é ver tudo pelo lado positivo e ir fazendo tudo o que podemos fazer para estar bem, para nos sentirmos bem. Eu ainda não consigo fazer isso, não sozinha, preico de pessoas, talvez viva demais através dos outros, eu ando mesmo a apanhar bonés...