Cãibras que me fumam os músculos
E me prendem as insónias.
Noites que o sossego não conhece.
Larvas que me roem a espinha,
e que me corroem por dentro da pele que não dispo,
que espremo desesperada e me saem pelos poros em desespero.
Que não acabam de nascer,
continuamente.
Mato-as e nascem.
Nascem e mato-as
Comigo
Sonho-as em sonos que não acordam.
Espremo-as, esgoto-as, e não acabam.
Gente que me suga as entranhas como se a alma não me fizesse falta,
Só porque as larvas não têm alma
E não morrem se eu não acordar.
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