Eva me chamaste

Fizeste das minhas costas o teu piano

Dos teus desenhos as minhas curvas

Da minha boca a tua maçã

Dos meus olhos o teu mar

Do meu mundo os teus braços


(...)

09 novembro 2014

Que lua imensa e brilhante se vê no meio de duas chaminés duma casa que não é minha, mas onde me sinto parte da casa, de chinelos nos pés e conversa na ponta da língua. Podia dizer que tenho a cabeça feita em água, mas não é de água que se trata. Mas de vinho. Vinho comprado à tarde, em compras de supermercado que se partilharam como se partilhou o cigarro a seguir, com a vida toda dentro. 
E há coisas que gosto. Sei disso. Uma delas é fugir para aqui onde não sou da casa mas o coração se sente em casa, a alma sente-se perto, quase tanto como se sente que se podia pegar na lua e pô-la no bolso. Como aquela que vi no meio das chaminés duma casa que não é minha, mas a lua, essa, trouxe-a eu, ou pelo menos parece-me, porque está sempre onde eu estou, de nariz no ar a ver onde anda a brincar e quem anda a iluminar nas noites escuras...

Boa noite.

2 comentários:

LuaCheia disse...

Bom dia Eva...

Eva disse...

Bom dia, Lua :))