Eva me chamaste

Fizeste das minhas costas o teu piano

Dos teus desenhos as minhas curvas

Da minha boca a tua maçã

Dos meus olhos o teu mar

Do meu mundo os teus braços


(...)

18 dezembro 2014


Não tenho tudo, mas não me falta tudo. 
Não tenho tudo o que quero, mas quero tudo o que tenho*.
Daquilo que a vida nos deixa escolher querer ou não querer, de tudo o que não queria livrei-me. Fui deixando pelo caminho, abri a mão deixando cair, ou atirei. O que fica não é tudo o que quero, mas sei que quero o que tenho, e isso, vendo bem, já é alguma coisa, e não é tão pouco como isso. 
Nem toda a gente o pode dizer. 

(* não sei de quem é a frase, não é minha, li-a nalgum sítio e ficou-me, e hoje percebi que a sinto - que hoje senti isto -, e que isso dá uma tranquilidade doce. Como a noção de se ter feito tudo o que estava ao nosso alcance para caminhar para o horizonte que queremos. Que vamos querendo, que acompanha o caminho e o nosso olhar. Não cheguei lá, mas o que guardei, de tudo o que fui recolhendo ao longo do caminho, sinto meu, é meu, e quero-o.)

Boa noite.

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