Eva me chamaste
Fizeste das minhas costas o teu piano
Dos teus desenhos as minhas curvas
Da minha boca a tua maçã
Dos meus olhos o teu mar
Do meu mundo os teus braços
(...)
Fizeste das minhas costas o teu piano
Dos teus desenhos as minhas curvas
Da minha boca a tua maçã
Dos meus olhos o teu mar
Do meu mundo os teus braços
(...)
29 janeiro 2015
Quando uma pessoa não consegue dormir, não arranja posição, dá voltas e revoltas, e o conforto lhe foge de todas as maneiras, dá por si sem querer a lembrar-se das vezes sem fim que teve nas costas o calor dum peito que era o toque do conforto, da intimidade, do enrolar os corpos e as almas se misturar em. E, de repente, percebe que o conforto que a alma foi à procura sem querer nas sensações vivas dessas memórias adormecidas, dão uma saudade desconfortável do que talvez não tenha existido assim para toda a gente. Apenas para mim, apenas nas minhas costas, apenas na imaginação da minha alma. Mas o desconfortável, percebo, não é saber isso, mas sim descobrir saudades onde já não as quero. Sentir, ainda, o desconforto do nunca mais para sempre.
Hoje, de tão exausta, não me lembrarei de nada; e espero sonhar com o futuro, para o futuro. Onde partilharei memórias hoje ainda por fazer, memórias partilhadas ao adormecer no conforto dum abraço, a duas peles, que nos veste a alma. Aos dois.
Boa Noite
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