Onde, onde é que estás? Se te grito toda por dentro e não me ouves? Onde é que estás, que não me estás se não te estou por dentro a gritar por ti? Onde é que te estou?
Eva me chamaste
Fizeste das minhas costas o teu piano
Dos teus desenhos as minhas curvas
Da minha boca a tua maçã
Dos meus olhos o teu mar
Do meu mundo os teus braços
(...)
Fizeste das minhas costas o teu piano
Dos teus desenhos as minhas curvas
Da minha boca a tua maçã
Dos meus olhos o teu mar
Do meu mundo os teus braços
(...)
08 março 2015
Outra vez aqui na varanda, sentada num degrau a meio caminho de sítio nenhum. Perdida, completamente perdida, de mim, da vida, dum sentido, que seja. Como se a vida tivesse mais maneiras de nos tirar o tapete do que as que nos conseguimos equilibrar. Sinto-me naquele momento preciso em que, por fracções de segundo, não sabemos se vamos cair ou aguentar-nos ao tropeção. Não sei o que pensar, como pensar. Não sei já o que esperar, ou o que esperam de mim. Não sei mais nada, só sinto. E no que sinto sinto-me perdida, sem amparo, sem companhia, sem eco de compreensão. Sem nada. E ao mesmo tempo tudo em turbilhão, num equilíbrio precário que me grita por dentro e me desfaz, que me rompe os dias dos olhos. Estou apavorada de medo nao sei de quê, sinto-me cair e combater a queda, exausta e sofrida, sei que nao aguento mais, nao aguento mais uma queda, sei, sinto que não me levantarei mais.
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