Este mocinho faz hoje 50 anos, ao que parece, e eu gosto, gosto do mocinho. Muito.
Era-me relativamente indiferente até há uns anos, agora olho para ele e só vejo aquela boca, e eu gosto, gosto daquela boca. Lembra-me boca de beijos e risos malandros, e eu gosto, gosto dessa malandrice.
Realmente, e agora aqui sentada a pensar uma série de coisas, que gosto, umas que sempre soube que gostava outras que fui descobrindo, Lembro-me de um dia aqui estar nesta mesma posição a escrever outras coisas, coisas que tinham a ver com a admiração e o orgulho que sentimos em alguém, que isso é imprescindível a quem ama, que é uma expressão do amar - é talvez o seu respirar. Dou por mim a pensar nisto por uma frase que li algures que dizia "só se ama o que se admira". E dessa admiração vem também o orgulho de fazer parte, de alguma forma ser parte desse alguém, tanto, que tomamos para nós a satisfação de ver quem amamos satisfeito, realizado. E estou aqui sentada a pensar que nunca senti que por mim sentissem esse orgulho quase que em espelho, isso que torna o reflexo e o que é reflectido, não a mesma carne, mas a mesma alma que habita o amor de duas pessoas.
(juro que isto era para não ser nada disto, era para acabar ali no mocinho, mas a cabeça voa-me...)
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