Amanheci com ovos mexidos na cabeça, não no prato. Ovos que mexi para alguém que mexeu comigo. Parti os meus ovos, mexi-os com carinho, desejo e amor. Juntei uma pitada de esperança na vida. Não deixei que passassem do ponto. Servi-os na cama, acompanhados dum sorriso doce e incerto, à espera que acordasse em ti uma nova vida na tua alma de sempre. Nada em ti acordou. Comeste os ovos, disseste-os muito bons. Devo tê-los mexido bem. Restaram-me as cascas, vazias, partidas, do que, de tão mexido, já não mexe.
Vou fazer uns novos, deitar as cascas velhas fora, acordar a incerteza de uma vida nova com um certo sorriso que agora se espreguiça.
Talvez vá pela omelete desta vez... ;)
Bom dia!
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